O Plano Safra 2022/2023 anunciado ontem pelo governo federal registra incremento de 36% em relação ao plano interior. Para equalização de juros, o Tesouro Nacional destinou R$ 195,7 bilhões, são 18% a mais na comparação com 2021.
O total disponibilizado em apoio à produção agropecuária chega a R$ 340,8 bilhões. Os recursos para os pequenos produtores rurais também tiveram acréscimo de 36%. Serão destinados R$ 53,61 bilhões para financiamentos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões, um acréscimo de 28% em relação à safra passada.
Como já era esperado pelas entidades do setor, a taxa de juros sofreu elevação. No caso dos projetos para produção de alimentos, as operações de crédito utilizam 5% ao ano, para os demais produtos é 6%.
De acordo com o governo, com a Selic em 13,25% as negociações priorizaram manter as altas em menor patamar para os beneficiários do Pronaf e Pronamp.
Investimento em sustentabilidade
Recursos para iniciativas sustentáveis que financiam a recuperação de áreas degradadas, a implantação de agrofloresta e a adoção de proteção dos recursos naturais estão entre os destaques deste Plano Safra. Para esses projetos foram reservados R$ 6,1 bilhões. As taxas de juros variam de 7% a 8,5% ao ano.
O plano do governo também incentiva as fontes de energia renovável e mantém recursos para irrigação. Neste segmento o valor chega a R$ 1,9 bilhão e é considerado o maior aumento de recursos (+44%), com carência de três anos e prazo máximo de reembolso de 10 anos.