O Governo do Estado anunciou, na última quarta-feira, 24, o adiamento do leilão do Bloco 2, no Vale do Taquari. O certame estava previsto para o dia 1° de setembro, na Bolsa de Valores de São Paulo, e agora não tem nova data definida. Apesar da clamada suspensão ter sido acatada, o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco reage com indignação pela forma a qual o processo foi justificado.
Em nota, o Piratini informou que houve uma “solicitação formal de empresas interessadas na concessão de 414,19 quilômetros do bloco 2 de rodovias”. Ou seja, a suspensão não ocorreu pela pressão das entidades do Vale. Na semana passada, as associações comerciais de Arroio do Meio (Acisam), de Lajeado (Acil) e de Encantado (Aci-E) entraram com ações solicitando a suspensão.
Uma reunião de reavaliação será realizada nesta semana pelas lideranças que participaram do pedido de suspensão. Moresco não tem perspectiva de conseguir abertura de diálogo com o Estado, mas diz que vão formalizar o pedido para conversar. “O governo não abria espaço para discussão há 4, 5 meses. Não sei se vai abrir agora há um mês das eleições.” O gestor reforça o entendimento de que o atual modelo de concessão é injusto. “Que se faça os investimentos, mas sem sacrificar parte do Vale do Taquari.”
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