Jornal Nova Geração

ELEIÇÕES 2022

Candidatos discutem propostas e assumem compromissos com os Vales

Debate ocorreu no Teatro Univates na manhã dessa quinta-feira. Sete concorrentes ao cargo máximo do RS compareceram ao evento. Temas como a infraestrutura e educação predominaram nos discursos

Foto: Caco Marin

Necessidade de melhorias na infraestrutura regional, investimentos em educação, finanças públicas e qualificação da mão de obra. Alguns dos temas que predominaram no debate com os candidatos a governador do Rio Grande do Sul, ocorrido nessa quinta-feira, 1º. Sete postulantes compareceram ao encontro, que ocorreu nas dependências do Teatro Univates.

O evento foi organizado numa parceria entre os grupos A Hora e Folha do Mate e a Fundação Univates, e buscou dos candidatos o compromisso com o desenvolvimento dos vales do Taquari e Rio Pardo. Houve transmissão ao vivo pelas rádios A Hora e Terra, e também em vídeo nas redes sociais dos dois grupos.

Estiveram presentes Vicente Bogo (PSB), Roberto Argenta (PSC), Luis Carlos Heinze (PP), Ricardo Jobim (Novo), Eduardo Leite (PSDB), Vieira da Cunha (PDT) e Edegar Pretto (PT). Dos convidados, apenas Onyx Lorenzoni (PL) não compareceu. A organização estabeleceu como critério a representatividade dos partidos no Congresso Nacional.

O debate foi estruturado em cinco blocos e permitiu o enfrentamento direto entre os candidatos, em perguntas com tema livre e sobre áreas e setores específicos. Entidades dos dois Vales também tiveram a oportunidade de questionar os concorrentes sobre projetos e demandas locais. Todos os postulantes tiveram o mesmo espaço para apresentar propostas e ideias.

Participação das entidades

 

Infraestrutura e pedágios

No quarto bloco, os sete candidatos responderam perguntas previamente elaboradas por entidades das duas regiões. A ordem foi definida por sorteio. Vieira da Cunha foi questionado sobre o potencial inexplorado das hidrovias nos dois Vales e sobre como pretende destravar este modal de transporte.

“Sou de Cachoeira do Sul, uma cidade portuária. Temos imenso potencial a ser explorado aqui no RS. E somos muito dependentes do transporte rodoviário. Temos que investir em outros modais, de maneira planejada. Precisamos transformar o Pelt (Plano Estadual de Logística de Transportes) em um programa de estado”.

Já o questionamento a Ricardo Jobim foi sobre que modelo de pedágio pretenderia implantar caso seja eleito. “Um modelo que a sociedade queira, voltado às pessoas que frequentam e que o setor produtivo utilize. O que foi proposto aqui não atende aos anseios da região. Tem que consultar quem é usuário. Do contrário, não tem sentido”.

Luis Carlos Heinze foi perguntado sobre como garantir melhores condições às rodovias não pedagiadas. “Eu defendo as concessões, com isso vamos diminuir a demanda das estradas. Mas um modelo democrático, como foi feito aqui na BR-386, e não imposto. As que não forem pedagiadas terão nossa atenção. Muitas estão abandonadas”.

Qualificação e eficiência

A pergunta que Roberto Argenta respondeu foi voltada a consolidação dos Vales como um destino turístico. “É um setor gerador de empregos. Sei porque faço isso. Vamos trabalhar muito nisso, com os novos pontos turísticos que se criam aqui. Mas também precisamos pensar no emprego. É o que dá autoestima e dignidade às pessoas”.

Vicente Bogo foi questionado sobre como tornar o Estado mais eficiente e eficaz, com menos impostos. “Hoje, o que mais pesa é o custo com inativos. Para sobrar dinheiro, tem que conter despesas e aumentar receita, mas não com a inflação, que é um ganho ao Estado sobre o empobrecimento da população. É preciso fazer revisão completa disso”.

Desenvolvimento

Edegar Pretto respondeu uma pergunta voltada ao fortalecimento do setor primário na região. “Se produz muito aqui, apesar das dificuldades. Vamos potencializar isso. Precisamos de um novo programa para fortalecer a geração de energia para o campo, colocar nossos bancos, a estrutura do RS para aumento da produção e baratear custo da comida”.

O espaço aos coredes e abertura de diálogo do governo com as regiões foi o questionamento direcionado a Eduardo Leite. “Sentamos, conversamos e chamamos regiões, dialogamos com prefeitos e setores econômicos. Alteramos a consulta popular para que fiquem apenas os projetos de desenvolvimento regional, que interferem diretamente na economia local”.

Sobre o debate

  • Ao todo, o debate com os candidatos a governador foi dividido em cinco blocos. No primeiro, os candidatos responderam a uma pergunta elaborada previamente pela organização;
  • No segundo bloco, os candidatos escolhiam adversários para responderem perguntas sobre temas específicos propostos pela organização;
  • O terceiro bloco teve enfrentamento entre os candidatos, com tema livre;
  • No quarto bloco, cada candidato respondeu a uma pergunta elaborada pelas entidades regionais;
  • O último bloco foi destinado às considerações finais;
  • Em todos os blocos, a ordem de apresentação foi definida por sorteios prévios.
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