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SAÚDE

Mais de 124,9 mil ainda não tomaram a 3ª dose no Vale

Estado confirma duas sublinhagens da variante ômicron em circulação no RS e alerta para necessidade da vacinação para evitar casos graves da doença. Nos 38 municípios da região, 41,9% da população ainda não recebeu a dose de reforço

Em Lajeado, cobertura vacinal completa e com reforço dos 18 aos 59 anos é de 45%. Crédito: Mateus Souza/Arquivo

A Secretaria de Saúde do Estado adverte à elevação nos contágios por covid. O patamar atual é muito menor do que o período antes da vacinação em massa, iniciada no ano passado para grupos de risco e completa a partir de agosto de 2021 para 18 anos. Ainda assim, exames laboratoriais identificaram duas sublinhagens da variante ômicron.

Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a preponderante é a BQ.1. Nesta semana, a BE.9, surgida em Manaus também foi confirmada. Os especialistas reforçam que a imunização, com as doses adicionais, representam mais segurança sanitária e protegem para casos graves da doença. “Nos preocupa muito a pouca procura pelo reforço vacinal. Tivemos uma boa cobertura nas duas primeiras doses. Para a terceira, até 40 anos, houve uma diminuição significativa”, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado, Juliana Demarchi.

Na maior cidade da região, dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), mostram que mais de 31 mil pessoas deixaram de tomar o reforço. “Observamos um aumento na circulação de vírus. São casos muito leves, sem repercussão nas emergências, na UPA ou mesmo nas unidades de saúde”, tranquiliza Juliana.

A cidade também não tem internação hospitalar de pacientes com covid. Para continuar com esse controle, Juliana frisa a necessidade das pessoas buscarem a vacina. “A cobertura das doses que temos disponíveis são adequadas para essas sublinhagens.” Conforme análise da equipe do Cevs, nas últimas semanas, o sequenciamento genético de 100 amostras positivas para covid, mostram que 70% eram da BQ.1. Com relação a BE.9, um paciente de Gramado foi confirmado com essa subvariante.

Pela análise genética, ela apresenta mutações semelhantes a BQ.1 e também está relacionada a uma maior transmissibilidade. “A rápida disseminação confirma o alerta emitido semanas atrás após a detecção do primeiro caso. Devido à maior transmissibilidade dessa subvariante, tem se observado um aumento dos casos de covidem todo o território gaúcho”, diz o coordenador da Vigilância Genômica no Cevs, Richard Steiner Salvato.

Segundo ele, a população deve buscar atualizar a vacinação com as doses de reforço para que não ocorra um aumento de casos graves e hospitalizações. Além disso, sugere mais cuidados nesse momento, inclusive usar máscara em ambientes com mais concentração de pessoas.

Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, a estratégia de reforçar o calendário vacinal contra o novo coronavírus aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e mortes.

Mais vacinas no RS

A baixa procura pela terceira dose vista em Lajeado se repete em outras cidades da região. Quase 125 mil pessoas ainda não tomaram o reforço. Representa 41,9% daqueles com o esquema vacinal completo (1ª e 2ª dose). Desde o primeiro caso de covid na região, em abril de 2020, houve 81.147 contágios confirmados, com 1.060 óbitos pela doença.

Ontem a (SES) iniciou a distribuição de mais de 200 mil doses de vacinas contra a covid. Serão atendidos os municípios que fizeram solicitação referente a doses para adultos, adolescentes e crianças a partir dos 3 anos de idade.

Ao todo, estão sendo distribuídas 143 mil doses de Pfizer adulto, 14 mil de Pfizer para adolescentes, 21 mil de Pfizer infantil (5 a 11 anos) e 23 mil doses de Coronavac (para crianças de 3 e 4 anos). As quantidades por cidade foram definidas de acordo com as solicitações que as secretarias municipais fizeram ao Estado.

Vacinação por município

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