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IMIGRANTE

Prejuízos com estiagem colocam município em emergência

Comissão confirma que perdas no milho chegam aos 30% e safra da soja pode ser totalmente perdida. Desabastecimento de água para consumo humano e animal agrava a situação

Grupo com representantes da administração, Emater e sindicato rural monitora a situação das perdas no município (Foto: Carlos Eduardo Schneider/Divulgação)

A falta de chuvas e as perdas na produção fazem mais um município da microrregião decretar situação de emergência. Uma reunião na quinta-feira, 26, entre representantes do governo, Emater/RS-Ascar e Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), definiu por formalizar a condição junto à Defesa Civil estadual. O próximo passo é a homologação do Piratini e da União.

Foi o segundo encontro da comissão, que estabeleceu o monitoramento semanal das condições em Imigrante. O principal problema, além das perdas nas culturas de milho e soja, é no abastecimento de água. A equipe dos Bombeiros Voluntários Imicol distribuiu mais de 260 mil litros aos moradores, o equivalente a 60 cargas, apenas no mês de janeiro.

Além da falta de água para consumo animal, as dificuldades para os moradores ficam evidentes. De acordo com o secretário, oito famílias recebem cargas de água potável. O secretário da Agricultura, Gilnei Dahmer, lembra que no ano passado mais pessoas tiveram problemas, mas aponta que o maior transtorno neste ano está no setor produtivo. “Tem um produtor com três aviários que vai deixar um, para não ficar sem. Mas, não tem outra opção, teremos que dar uma pausa na produção de aves e suínos, o que representa mais prejuízos ao município.”

Perdas calculadas

A projeção dos prejuízos está em 20% para a cultura de milho e pode chegar aos 30% dos 150 hectares do milho em grão e 1,2 mil hectares do plantio para silagem. A soja, que ocupa 120 hectares, pode ter perda total, caso não chova de forma consistente nos próximos dias. “Em 2022, a perda foi de 48% no milho e 20% na soja. Esse ano a soja vai ter uma perda maior”, aponta Dahmer.

Auxílio para vertentes

O governo estabeleceu um programa para auxiliar os produtores a recuperar vertentes, com um aporte de até R$ 1,2 mil para aquisição dos materiais necessários. Existe uma parceria com a Emater para elaboração do projeto técnico e para o acompanhamento. No ano passado apenas uma família aderiu a iniciativa, e com a maior divulgação neste ano, cinco moradores já procuraram a prefeitura.

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