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ESTRELA

Moradores prometem ato em protesto contra condições de rua

Em busca de melhorias na via, residentes da Herta Lohmann Porn planejam bloqueio em trecho sem asfaltamento. Segundo a coordenadora do ato, fluxo de veículos no local é alto e comunidade aguarda há anos pela pavimentação

Comunidade organiza bloqueio em trecho da rua Herta Lohmann Porn. Crédito: Karine Pinheiro

Os residentes da rua Herta Lohmann Porn, no bairro Pinheiros, planejam o bloqueio da via devido às más condições de trafegabilidade no trecho sem asfalto. Considerada a “pior rua da cidade” pelos moradores, três partes do trajeto de cinco quadras já receberam pavimentação asfáltica. No entanto, a comunidade ainda relata dificuldades para circular nas proximidades da Emef Pinheiros.

A obstrução da rua deve ocorrer entre as vias Ermindo Lohmann e Jorge Pedro Stroher. “Temos que chamar a atenção de alguma maneira. Os vizinhos estão de acordo com a iniciativa e vão participar do ato”, afirma a coordenadora do movimento, Cleria Camini. Ela ressalta que um documento foi entregue à Brigada Militar (BM) com o objetivo de informar sobre a manifestação.

Cleria ainda ressalta que o trecho deve ficar interrompido por tempo indeterminado e que o bloqueio será feito com cones e fitas. Segundo ela, o estado da via dificulta o fluxo de veículos no local, que registra tráfego de caminhões, devido a empresas no bairro, bem como ônibus escolares. As condições da via são motivos recorrentes de reclamações por parte da comunidade.

O secretário de Infraestrutura Urbana, Osmar Müller, afirma que é previsto calçamento comunitário para as duas quadras restantes da Herta Lohmann Porn. Segundo ele, a possibilidade já foi apresentada a comunidade e administração municipal segue em tratativas para executar a pavimentação Intertravada de concreto (PAVS). No entanto, a ideia não é aceita pela comunidade.

Moradora do local há 22 anos, Claudia Maria Fell ressalta que foram feitas dezenas de solicitações para melhorias na via. “Vimos parte da rua ser asfaltada, mas quando chega aqui, a obra para. Foram repassadas verbas para asfaltar as cinco quadras, mas só três foram feitas. O descaso vem de muitos anos. Não queremos brita nem pavimentação comunitária”, aponta.

O secretário explica que os recursos são especificados para cada obra e que não há possibilidade de fazer somente uma parte. Ele destaca que as obras de pavimentação na rua foram cumpridas conforme estava previsto nos contratos.

Claudia relembra que também foram necessárias manifestações mais fortes para que outras vias também ganhassem visibilidade. No entanto, ela ressalta que uma das ruas recebeu calçamento em blocos de concreto e, devido ao tráfego de veículos pesados, as pedras estão soltas e os trechos também apresentam mau estado de conservação. “Se outras partes estão asfaltadas, também queremos que seja feito aqui”, completa.

Demanda antiga

Após dezenas de protestos, abaixo-assinados e risco de acidentes nas proximidades das Emef Pinheiro e Emei Espaço dos Sonhos, três trechos da rua estão asfaltados. A última parte foi entregue pelo Executivo em fevereiro deste ano, decorrente de uma manifestação feita em 2022. No ato, foram liberados 82 metros com pavimentação asfáltica com o investimento de quase R$ 173 mil, de financiamento feito junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), junto ao Fundo Municipal de Pavimentação.

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