Após aclamação em assembleia na manhã deste sábado, 29, na Associação dos Funcionários da Languiru, o novo presidente da Cooperativa, Paulo Birck, e o vice, Fábio Secchi, concederam entrevista coletiva. Na conversa, a dupla apresentou a dívida e destacou os rumos do trabalho ao longo dos próximos dez meses. O “mandato-tampão” ocorre em razão da renúncia do ex-presidente, Dirceu Bayer.
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Conforme Birck, a Languiru tem uma dívida estimada de R$ 1 bilhão. Débitos com bancos credores alcançam os R$ 700 milhões. Em relação aos terceirizados, fornecedores e transportadores, o montante em atraso chega a R$ 250 milhões. A respeito dos números apresentados no fim do ano passado, houve uma redução.
Há uma estimativa extraoficial de que o montante total chegaria a R$ 1,8 bilhão, pois existe ainda um compromisso financeiro dos produtores com os bancos, cujo levantamento ainda não foi apurado. A diretoria eleita tem como estratégia primeiro encontrar saídas melhorar os resultados na cadeia produtiva de aves e suínos, encaminhar reformas no estatuto social. Em seguida, é estudada a possibilidade de contratar uma auditoria externa para ter um apanhado mais próximo do real em termos da dívida.
O novo gestor sublinhou que a prioridade é a renegociação em prazos. Segundo Birck, houve queda no faturamento mensal no primeiro trimestre. Um dos motivos é a falta de mercadorias para reposição. Desta forma, o fluxo de caixa precisará ser reorganizado, caso não seja possível reduzir o rombo, partiriam para a venda de ativos.
O vice, Fábio Secchi afirmou que o grupo vai trabalhar para “encontrar o ponto de equilíbrio e trazer a cooperativa de volta à segurança”. Também falou sobre a articulação com forças políticas para a Languiru voltar aos mercados que valorizam o produto.