O volume de chuvas registrado na semana passada levou um alerta às autoridades de municípios lindeiros ao Rio Taquari. Entre a sexta-feira, 5, e o domingo, 7, foram cerca de 160 mm de precipitação na medição em Estrela, acima da média histórica para o mês de maio, que é de 135,4 mm.
Embora os transtornos tenham se limitado à interdição de três vias, o fato traz à tona a necessidade de estratégias para evitar danos maiores à população.
Na microrregião, três cidades são vulneráveis a eventuais cheias. Além de Estrela, também pontos em Bom Retiro do Sul e Colinas às margens do Taquari. As administrações tiveram a possibilidade de revisar os planos de mobilização para atender aos moradores. A última situação de alerta registrada na região foi em maio do ano passado.
O maior volume de chuvas em Estrela se concentrou nas noites de sexta, sábado e domingo. Entre às 20h30min e 22h do sábado, por exemplo, foram 25 mm de precipitação. Com isso, o nível do Arroio Estrela subiu e causou o fechamento de três vias: a estrada da Cascata, e as ruas Albino Francisco Horn, no bairro Alto da Bronze, e João José Schonarth, no bairro Imigrantes.
A régua localizada no Porto de Estrela teve o nível mais alto registrado na madrugada do domingo, com 14,14 metros, mas ainda longe da necessidade de desalojar moradores. Mesmo assim, o governo preparou o ginásio municipal Ito Snell para receber moradores. A cota de atenção está na marca dos 15 metros, enquanto a situação de inundação inicia aos 19 metros no rio.
Monitoramento constante
A maior parte da área urbana de Colinas está em local mais alto, no entanto comunidades como a Linha Santo Antônio sofrem quando há elevação no nível do rio. Outro transtorno registrado no município é o isolamento, uma vez que a ERS-129 fica em trecho alagado, tanto na saída para Estrela, quanto para Roca Sales.
Para minimizar os transtornos, o governo aposta na união de esforços para organizar ações, além do monitoramento de áreas de risco. “Temos um plano de evacuação das casas nas zonas de risco para evitar prejuízos. Temos o mapeamento das regiões alagáveis e a sequência da inundação para priorizar a saída das pessoas atingidas primeiro”, explica o responsável pela Defesa Civil no município, Edelbert Jasper.
Bom Retiro do Sul avançou com o mapeamento a partir das medições na régua localizada na Barragem Eclusa. O coordenador da Defesa Civil, Maquiel Vieira, pontua que na marca dos 15 metros, o bairro Cidade Baixa começa a ter os primeiros moradores retirados das residências. O maior nível registrado no município no fim de semana foi 8,1 metros, na manhã do domingo, 7. Outra localidade vulnerável é a localidade de Faxinal, na zona rural.
