A Languiru vai encerrar o abate de suínos a partir desta sexta-feira, 30, no frigorífico de Poço das Antas. A iniciativa faz parte do plano de reestruturação anunciado em maio. Atualmente, os animais são comercializados na fase de aleitamento ou creche, antes da engorda. Hoje, há cerca de 30 mil leitões em aleitamento e mais 30 mil na fase de creche.
Conforme o presidente da cooperativa, Paulo Birck, em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, desta quarta 28, pela primeira vez desde o início do plano de reestruturação, duas empresas estão interessadas na compra do frigorífico.
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A estrutura é avaliada em R$ 160 milhões. As duas propostas são de empresas nacionais. Uma quer comprar o frigorífico e os suínos na plataforma. Outra quer absorver associados e funcionários. “Não vou tomar esta decisão sozinho”, comenta Birck ao relatar que deve convocar associados para uma assembleia.
A negociação deve demorar mais em relação às vendas da farmácia e do supermercado do Shopping Lajeado, consideradas pequenas em comparação ao frigorífico. Além de valor maior, envolve de forma direta a produção dos cooperados.
Para facilitar a busca por crédito, na última sexta-feira, 28, foi criada uma cooperativa com 23 associados. “Para girar o seguimento de suínos é preciso de R$ 250 milhões, e a Languiru não tem mais força de crédito”, explica.
Durante a entrevista, Birck detalhou o estádio do plano reestruturação que inclui venda de postos de gasolina, farmácias, agrocenters, supermercados e maquinário, entre outras estruturas.
Com o enxugamento em meio à crise, o faturamento da Languiru deve encolher 50% — de R$ 2,7 para R$ 1,2 bi. A cooperativa está com R$ 350 milhões em dívidas vencidas e R$ 780 milhões em operações de crédito ainda no prazo para pagamento.
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