Parceria entre governo de Estrela e Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS) foi oficializada na manhã dessa quinta-feira, 31, na Expointer. A união de esforços também envolve Univates, Escola Estadual de Ensino Profissionalizante de Estrela (Eeepe) e Colégio Teutônia. A partir dessa cooperação, surge a 1ª Escola Técnica Laticinista Gaúcha.
Esta é a segunda proposta voltada ao segmento no país. Até então o único centro de formação era o Instituto Laticinista Cândido Tostes, de Minas Gerais, que foi visitado por representantes do projeto gaúcho, e que também será parceiro da iniciativa.
Assessora de Qualidade do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat/RS), Letícia Vieira diz que a escola era um sonho. “Dentro do sindicato há alguns anos, identificamos a necessidade e demanda de capacitação de técnicos que trabalham em indústrias e se percebia, mesmo no RS, muitos trabalhadores de Minas”.
A primeira turma inicia em setembro, e 40 vagas estão abertas. As aulas ocorrem no laboratório da Univates, como piloto. Depois, outras áreas serão ofertadas, com teoria e prática na Eeepe e no Colégio Teutônia. A iniciativa é voltada para profissionais das indústrias e agroindústrias e contará com 12 horas/aula, divididas entre presenciais e on-line.
Busca por qualificação
Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, a secretária de Desenvolvimento e Sustentabilidade de Estrela, Carine Schwingel, destaca a participação de jovens na iniciativa. “Trazer esse público para a escola também nos permite desenvolver soluções para a área e inovações”, reforça. A secretária destaca ainda a necessidade do produtor rural se qualificar ainda mais.
Os cursos são ofertados para todo o estado. A modalidade é paga, mas há tratativas com o Conselho Estadual de Educação para a criação de cursos rápidos e técnicos gratuitos, com financiamento do governo gaúcho. “A gente entende que a Escola Laticinista é um projeto da região e a região tem que abraçar isso para dar certo”, destaca Carine.
Na prática
Coordenador do Departamento de Trabalho de Estrela, Daniel da Silva acredita que a iniciativa tenha se desenvolvido de forma rápida por ser uma necessidade local. De acordo com ele, o projeto tem dois grandes objetivos. O primeiro é formar o profissional que trabalha na indústria, ensinar a operar o maquinário, e oferecer treinamentos. A partir disso, descobrir potenciais. O segundo ponto é gerar valor agregado ao produtor de leite.
Além de incentivar a formação de mão de obra qualificada para as indústrias, a iniciativa também vai promover a implantação de novas modalidades industriais, a criação de negócios derivados do leite e a formatação de novas concepções de negócios digitais, como startups.