Moradores do bairro Pinheiros, em Estrela, protocolaram uma nova ação judicial contra a Corsan devidos aos episódios frequentes de desabastecimento da água. Os casos mais recentes foram registrados nos dias pós enchente. A mobilização resultou em um abaixo-assinado com manifestação de pessoas de 30 residências, além do processo que corre junto ao Ministério Público (MP).
As áreas mais afetadas, segundo o advogado Valderes da Rosa, estão na parte alta do bairro, como os arredores da rua Cerro Azul. Junto à causa, foi anexado o mapa com as principais residências prejudicadas pela falta de água. Essa é a segunda vez que o grupo de moradores busca vias judiciais para solucionar o problema. Foi solicitado que a companhia apresente novas medidas.
Segundo os relatos da população, no período pós cheia, quando grande parte das pessoas limpava, as residências, o bairro chegou a ficar completamente sem água. Em outros momentos, o abastecimento ficava comprometido no período da tarde e era retomado somente no dia seguinte. Morador do Pinheiros há cerca de 10 anos, Vinicio Bugs afirma que compreende a situação atual, mas que a comunidade aguarda soluções definitivas.
“Fomos em busca de informações, mas não pareciam que iam fazer muitas coisas. No período depois da enchente, não vimos movimentações da Corsan para abastecer o poço. Nos dias seguintes de chuva aconteceu o mesmo”, conta Bugs. Outra preocupação do morador é a chegada das temperaturas mais quentes, período em que se intensifica o desabastecimento.
O reservatório que atende ao Pinheiros fica no fim da rua Edmundo Alfredo Steyr e atende cerca de 150 pessoas. Em ação anterior, foi exigido que a Corsan disponibilizasse mais poços artesianos para não sobrecarregar o consumo. Apesar da instalação, os equipamentos não estão em pleno funcionamento.
Novos poços
Gerente regional da Corsan, Gerson Haas, destaca que a situação ocorrida nos últimos dias foi pontual devido ao grande volume de utilização da água. Ademais, ele afirma que a operação de dois novos poços deve solucionar os problemas registrados nos anos anteriores. Os equipamento foram colocados nas proximidades do CTG Raça Gaudéria, no bairro Boa União, e nas localidades do distrito industrial. No entanto, dependem de rede elétrica para funcionar.