A mudança da sede do 40º Batalhão de Polícia Militar (BPM) mantém mobilizados líderes comunitários em Estrela, para que a estrutura retorne ao município. A Associação Estrelense Pró-Segurança Pública (Aespro) sinaliza com a possibilidade de iniciar a obra de uma nova estrutura até o fim do ano. O local está definido: um terreno no centro da cidade, junto à antiga fábrica da Polar.
A instituição coloca como prioridade oferecer um prédio adequado à corporação, longe da vulnerabilidade das cheias. A enchente do início do mês de setembro impossibilitou a manutenção das atividades na base da rua Coronel Brito e forçou a transferência para a antiga sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na avenida Rio Branco.
O presidente da Aespro, Rodrigo Tomasi, acredita que a sede administrativa do batalhão microrregional possa retornar a Estrela. “Não está sacramentada a transferência para Teutônia, a princípio ela é provisória, e nós estamos trabalhando, sim, para que ela volte para Estrela. Claro que precisamos de uma série de situações para que isso aconteça e nós vamos correr atrás de fazer tudo o que for necessário.”
Entrega até meio de 2024
A entidade tem um orçamento definido para a construção do novo batalhão, estimado em R$ 1,5 milhão. Tomasi diz que o valor vem de um fundo que o Ministério Público (MP) assegura para reformas e reconstruções de locais públicos. A obra começa a partir da liberação dos recursos, o que deve ocorrer até o fim do ano, e a previsão de término é no meio de 2024.
“Esse fundo está em torno de R$ 9 milhões, mas obviamente não vai vir todo esse valor, porque não é necessário para a construção do batalhão. Caso falte algo, na parte final, vamos nos reunir entre os empresários e finalizar a obra”, explica.
O prédio será construído em um terreno cedido pela prefeitura, na esquina das ruas Borges de Medeiros e Pinheiro Machado. O prazo da cessão de uso é de 30 anos. “Temos liberação ambiental e dos bombeiros. Tudo isso já havia antes. A sede só não foi construída por uma questão de não ter recurso financeiro naquele momento”, acrescenta o presidente.
Questões de segurança
Tomasi argumenta que a necessidade de manter a sede do batalhão em Estrela vai ao encontro da vulnerabilidade do município, por estar junto à BR-386 – pelo fluxo de entorpecentes e armamentos – e próximo a Lajeado. “Quando temos o batalhão regional em Estrela, temos as estratégias saindo daqui.”
Por outro lado, o tesoureiro da Aespro, Adiel Krabbe, pontua que a mudança do batalhão não será determinante à obra. “Estamos trabalhando da seguinte forma: vamos focar na construção da sede. Vamos dar o que eles estão precisando, como espaço adequado. Tudo o que precisar, nós vamos fazer, sem a perspectiva de ficar em Teutônia ou voltar para Estrela”, conclui.