Troca repentina de itens no cardápio semanal e questionamentos sobre a qualidade dos alimentos servidos motivaram pais a buscar esclarecimentos acerca da merenda disponibilizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ipiranga. A maioria das crianças permanece no espaço em período integral e consome almoço e lanches oferecidos pela instituição.
Diante da situação, a Associação de Pais e Mestres (APM) levou o caso ao Ministério Público (MP). Além disso, alguns responsáveis também notificaram a Vigilância Sanitária do município. O grupo reivindica a investigação do caso e esclarecimentos sobre a procedência dos alimentos.
Mãe de alunos matriculados na Ipiranga relata que as reclamações variam desde a troca de carnes por alimentos embutidos, como salsicha, má preparação das refeições e produtos mofados. Ela explica que o cardápio é disponibilizado de forma semanal e conta com café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde.
Conversas em grupos da APM apontam que integrantes da equipe escolar questionam a nutricionista responsável pelo cardápio da rede de ensino sobre as mudanças. Além disso, cobram mais organização quanto à entrega dos lanches que não são feitos, principalmente, em segundas-feiras. De acordo com as mensagens, algumas mães reclamam sobre pão mofado e troca do lanche por pipoca.
Assunto encaminhado à ouvidoria
Integrantes da equipe escolar afirmam que a ouvidoria municipal e a Secretaria de Educação, Cultura, Turismo e Desporto foram comunicadas sobre a situação. No entanto, não tiveram êxito diante das notificações à administração municipal. Embora o registro no Ministério Público tenha sido encaminhado para a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) para avaliação, o grupo aguarda uma resolução por parte da pasta responsável.
O que diz a Educação
Diante do avanço das notificações, o secretário Edelbert Jasper destaca que um processo administrativo foi aberto para investigar o caso. Parte dos supostos alimentos mofados também foram encaminhados para análises laboratoriais. No entanto, o responsável pela pasta diz que não foi procurado por integrantes da APM para esclarecimentos.
“Temos um cardápio que segue a legislação. A troca do sanduíche por pipoca ocorreu porque os alunos reclamaram. Sanduíche que foi encaminhado para investigação. Estamos fazendo o nosso papel que é buscar informações e saber o que aconteceu”, afirma Jasper. O secretário também destaca que a pasta corrige os apontamentos feitos pela Vigilância Sanitária.
Atualmente, o município não conta com cargos de merendeira. Na Emef Ipiranga são duas cozinheiras, uma servente e uma coordenadora que atuam na preparação dos alimentos, além da observação da nutricionista. A criação da função foi aprovada recentemente pelos vereadores. O governo municipal elabora concurso público para preenchimento das vagas.