Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Cafezinho com NG | Evanilson de Moraes

O professor de danças folclóricas fala sobre a importância de passar adiante as tradições, especialmente aos mais novos

Evanilson tem envolvimento com os grupos folclóricos no Vale do Taquari desde a adolescência (Foto: Arquivo Pessoal)

Como surgiu o teu interesse pelas danças folclóricas e pelo ensino?
Evanilson de Moraes – Eu comecei a convite de amigos que já dançavam. Eu era adolescente e o grupo de danças me pareceu uma oportunidade bacana de lazer e entretenimento. Durante vários anos fui apenas dançarino, mas por demonstrar muito interesse e comparecer aos ensaios das categorias abaixo da minha, fui convidado a assumir a coordenação das categorias de base do grupo.

Como é ensinar as crianças?
Evanilson de Moraes – Lidar com crianças mais novas, em um ambiente amplo como um salão de dança, é bastante desafiador. Muitas vezes o impulso delas é correr, pular, brincar, em vez de prestar atenção. Acho que a melhor forma é dosar momentos de dança com momentos de brincadeiras. Se o ensaio for rigoroso, sem ludicidade, as crianças não permanecerão no grupo.

Tem alguma idade que você considera ideal ou prefere dar aulas?
Evanilson de Moraes – Idade ideal não existe. Todas as faixas etárias podem dançar. A prova disso são os muitos grupos folclóricos em nossa região que possuem categorias de crianças a partir dos 2 anos, passando pelos adolescentes, adultos e até idosos acima dos 90 anos! Acredito que cada faixa etária possui pontos positivos, mas eu particularmente gosto bastante de ensinar adolescentes, pois estão sempre dispostos a serem desafiados com coreografias mais complexas e difíceis! Para a gurizada que está descobrindo o mundo não tem tempo ruim.

Como é, para ti, passar adiante a cultura e o folclore alemão?
Evanilson de Moraes – Um jovem que passa pela experiência de integrar um grupo de danças alemãs – ou outra atividade semelhante – é um jovem que certamente, além de levar memórias incríveis para a vida, tem muito mais chance de se manter afastado de caminhos negativos. Por isso, é extremamente gratificante, por meio do ensino da dança folclórica, perceber essa influência positiva na vida das pessoas! Cultura é sempre bem-vinda na vida de qualquer cidadão, e poder ajudar a oferecer atividade cultural para a população é engrandecedor.

O que significa na tua vida prática o ensino das danças folclóricas?
Evanilson de Moraes – Desde 2022 o ensino de dança folclórica alemã constitui-se como minha fonte de renda principal. Claro que há muito amor envolvido, senão eu não abraçaria a profissão, mas ser recompensado financeiramente pelo que amamos fazer é maravilhoso. E, além disso, muitos alunos (pupilos, como gosto de chamá-los) na medida em que vão construindo uma jornada de longo prazo dentro dos grupos de danças, acabam se tornando também meus amigos. Ou seja, constroem-se relações que seguem para a vida. Dessa forma, considerando minha rotina e minhas relações de amizade, não é exagero dizer que, mais do que trabalhar com dança folclórica, eu vivo a dança folclórica.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.
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