Jornal Nova Geração

OPINIÃO

A fé é a base da esperança

"Resiliência é retomar o formato original depois de deformações sofridas, de eventos destruidores que temos que superar. Tudo isso está intrinsecamente ligado ao empreender, ao começar de novo"

Especialmente neste ano, vivemos momentos tensos no que diz respeito aos eventos climáticos, ao descontrole de contas na economia brasileira, nas incursões terroristas em Israel. Estes são alguns exemplos. Mas as maiores enchentes da história do Vale desestruturaram nossa gente e nossos municípios, sabendo que a previsão de outra cheia é iminente.

Como sobreviver a tudo isso? Temos na resiliência, na fé e na esperança a força que sustenta as ações práticas. A cultura de nossa região é baseada no trabalho, desde a vinda dos imigrantes. Aqui, nós superamos as propaladas promessas de socorro financeiro de governos, que não chegam, com trabalho, por mais difícil que seja. Reerguer-se pode demorar um tempo maior, mas será um fato logo mais, porque a esperança é a capacidade de esperar, agindo. Acredito que a fé é a base da esperança, e ambas permeiam a retomada. O sentimento de otimismo vem na esteira, e assim vencemos todas as agruras.

Resiliência é retomar o formato original depois de deformações sofridas, de eventos destruidores que temos que superar. Tudo isso está intrinsecamente ligado ao empreender, ao começar de novo.

Nós temos a capacidade de analisar e escolher. Quem faz a economia girar é o trabalho, são os empresários, que apesar dos desastres das ações dos nossos governantes (déficit nas alturas, aumento real de impostos e tentativa de aumento do ICMS), não desistem, produzem riqueza e empregos, sempre continuam dando muitos frutos.

Linkando tudo isso à filosofia, que faz entender nossa condição humana na Terra, trago uma reflexão de uma pensadora política que não gostava de ser chamada de filósofa: “A característica comum ao processo biológico do homem e ao processo de crescimento e declínio do mundo é que ambos fazem parte do movimento cíclico da natureza; sendo cíclico, esse movimento é infinitamente repetitivo; todas as atividades humanas provocadas pela necessidade de fazer face a esses processos estão vinculados aos ciclos recorrentes da natureza e não tem, em si, qualquer começo ou fim propriamente dito.”

Trago essa citação de Hannah Arendt, da obra A Condição Humana, para corroborar à tese de que, na história do nosso planeta, vivemos ciclos, tendo o homem pouca influência sobre os mesmos.

Aproveito para homenagear uma cidadã do mundo, feroz no combate ao totalitarismo, vítima do racismo antissemita, o qual jamais deveria ser esquecido, como vimos numa tentativa de alguns setores em nível mundial, e até de uma infeliz parcela da academia brasileira. E sublinho uma frase célebre da cientista judia-alemã: “Pensar é perigoso, e não pensar é mais ainda”.

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