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IMIGRANTE

Família sofre transformação na rotina após seis dias sem luz

Negócio na área da criação de abelhas também é impactado pela falta de energia elétrica. Outros empreendimentos buscam alternativas como geradores e compartilhamento de rede para manter atividades

Galhos quebrados causaram o rompimento de fios que levam transtorno à família Klein, na Linha 10 de Abril (Foto: Jhon Willian Tedeschi)

Uma família da Linha 10 de Abril, em Imigrante, segue sem energia elétrica desde o temporal da terça-feira passada, 16. A quebra de parte da rede compromete a distribuição e prejudica os negócios, na área do turismo e criação de abelhas.

A responsável pelo meliponário (criadouro de abelhas sem ferrão), Sirlei Klein, explica que o imóvel é o último na linha de transmissão da RGE. Outros negócios nas redondezas conseguem manter as atividades com o uso de geradores, o que se mostra insuficiente em diversos momentos.

Entre eles, um criadouro de gado de corte e uma fábrica que produz parafusos para a Metalúrgica Hassmann, principal empresa do município. “Tentaram dividir a energia, mas acaba sendo insuficiente”, relata Sirlei. A família Klein, por sua vez, relata não ter condições para contratar energia extra.

Para o meliponário, a situação não causa tanto impacto devido à época do ano. Por serem abelhas trazidas do Nordeste brasileiro, é necessário uma climatização artificial apenas para temperaturas mais baixas. Mesmo assim, o correto armazenamento do mel fica comprometido pela falta de refrigeração. “Se fosse em abril ou maio, teríamos mais problemas”, menciona a empreendedora.

É desumano”

Quanto à rotina doméstica, Sirlei destaca a necessidade de levar um freezer com alimentos para a casa de conhecidos no bairro Daltro Filho. “Temos que ir na casa dos meus sogros, em Canabarro, para poder tomar banho e lavar roupa”, acrescenta.

As tentativas de contato com a RGE foram esgotadas, de acordo com ela. Foram mais de 60 protocolos abertos junto à concessionária. “Dizem que vão vir, equipes passam por aqui, mas ninguém resolve o nosso problema. É desumano”, conclui. Até a publicação desta reportagem o serviço não havia sido reestabelecido.

Perdas e despesas

A Emater do município diz que vários produtores estão com o mesmo problema, onde os principais prejuízos são perdas com leite e produtos alimentícios. Também gera muita despesa a manutenção de geradores devido ao custo de óleo diesel. De acordo com a Defesa Civil, a falta de energia elétrica não afeta localidades inteiras, como em outros municípios, mas trata-se de casos pontuais.

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