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ESTRELA

Comércio aposta em promoções na venda de materiais escolares

Início das aulas nos ensinos fundamental e médio nos primeiros dias de fevereiro aumenta a procura por lojas especialidades nos itens. Em nível estadual, a média do preço das compras deve ficar em torno de R$ 165,00

Papelarias e lojas especializadas apostam nas promoções para atrair público às vésperas do início das aulas (Foto: Jhon Willian Tedeschi)

O período de volta às aulas deixa em evidência o mercado de materiais escolares e itens que as crianças utilizam nas escolas. Algumas instituições retomaram as atividades nessa semana, mas a maioria tem o início do ano letivo ao longo de fevereiro. Até lá, o objetivo dos pais é a busca pelos melhores preços, dentro das listas preparadas para os alunos.

A Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) divulgou projeções referentes aos preços que devem ser investidos em itens escolares. Existe uma expectativa que o período movimente o comércio, com um aumento nas vendas. O período, na avaliação da entidade, tem uma influência semelhante a datas comemorativas.

Os produtos mais buscados são cadernos, livros didáticos, lápis, canetas, borrachas, mochilas, estojos, entre outros. “Em 2024 o comportamento do consumidor deve ser semelhante ao de anos anteriores e o preço segue se mantendo como o principal fator de decisão no momento da compra do material escolar. Ainda mais que houve um aumento médio de 6% nos produtos nacionais e de quase 10% nos importados”, comenta o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

Ele lembra que a conjuntura econômica atual deve fazer com que o ticket médio das compras no comércio gaúcho seja de cerca de R$ 165,00. “A média de preços não deve ser muito maior do que isso. Quando os pais compram uma mochila, que é um item mais caro, sobe o valor do ticket médio. Quando não compra a mochila e focam apenas nos cadernos, lápis, canetas e demais materiais, já ocorre a redução desse ticket”, avalia.

Promoções

A dica da entidade para os comerciantes é de uma atenção à estratégia de vendas. Condição levada em conta por uma papelaria do centro de Estrela. Sidnei Wollmuth, sócio-proprietário do estabelecimento, diz que conseguiu manter os preços do ano passado, com a compra antecipada. A loja faz parte de uma rede que atende em diversas regiões do estado.

Até o fim de janeiro, a avaliação era positiva. “Estamos bem contentes com o movimento”, diz o empresário. Ele indica que a maior procura inicia em fevereiro, quando ocorre o retorno das aulas nos níveis fundamental e médio. Por outro lado, Wollmuth aponta uma busca maior dos pais por preços mais acessíveis. “Os três eventos climáticos que tivemos fazem o público gastar menos”, diz.

Exigências aumentam

Mãe de duas meninas, de 10 e 16 anos, Daiane Diedrich antecipou as compras a pedido das filhas. Nos anos anteriores, a busca pelos materiais escolares ocorria em fevereiro, auge da demanda pelos produtos. Para 2024, ela percebe a lista do ensino médio, para a filha mais velha, com mais exigências. “Por fazer o ensino médio com o magistério, acaba tendo mais itens e se torna mais cara”, calcula.

Só nas compras para o início das aulas, Daiane estima gastar entre 600 e 1 mil reais. “Também há muita necessidade de reposição ao longo do ano”, afirma. Apesar da dificuldade de encontrar itens como mochilas, ela não percebeu diferença do ano passado para cá, em relação a preços. Outro fator destacado por ela, é que a rede municipal fornece parte dos materiais, utilizados pela filha menor.

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