Fale sobre sua atividade na área financeira:
Paula Primaz Bordim – Antes de assumir essa posição, trilhei uma jornada de 11 anos na área, iniciando como estagiária até chegar aonde estou. Acredito que a base para o desenvolvimento está na busca constante por conhecimento. Além da graduação e pós-graduações, busquei a certificação CPA20, me consolidando como especialista em finanças. Além da experiência técnica, reconheço a importância da gestão e liderança eficazes. Investi tempo e esforço através de cursos, mentorias, leituras e podcasts para o conhecimento de habilidades.
Qual o maior desafio que encontrou no início do trabalho na agência?
Paula – Ao chegar na Unicred, meu maior desafio foi assumir uma posição totalmente nova para mim. Pela primeira vez estou em cargo de gestão. Embora tenha me preparado intensamente ao longo do tempo, a realidade da mudança trouxe o inevitável frio na barriga. Meu foco inicial foi aprofundar meu entendimento sobre nosso público-alvo e colaboradores. Essa abordagem foi importante para alinhar os objetivos individuais de todos os envolvidos com o planejamento estratégico da cooperativa.
Como você avalia a importância do cooperativismo para a sociedade?
Paula – O cooperativismo, para mim, vai além de uma simples estrutura organizacional. É uma filosofia que ressoa com meus valores pessoais. Acredito na força da cooperação, na solidariedade e no impacto positivo que podemos ter quando trabalhamos juntos em prol de objetivos comuns.
Uma das razões pelas quais acredito no cooperativismo é o seu papel fundamental no desenvolvimento da economia local. No coração desse sistema está a capacidade não apenas de captar recursos, mas de reinvestir diretamente na mesma região, criando uma roda virtuosa.
Ao canalizar os recursos de forma local, podemos fortalecer as bases econômicas da comunidade e proporcionar apoio tangível em diversas áreas. O cooperativismo é um motor para ações sociais, apoio à comunidade, esporte, cultura e educação financeira.
O quanto você acredita que o formato de atuação das cooperativas contribui para um desenvolvimento sustentável?
Paula – Ao contrário de modelos mais tradicionais, as cooperativas de crédito estão enraizadas na comunidade, sendo propriedade e operadas pelos próprios membros locais. Isso cria um alinhamento natural de interesses, onde o sucesso da cooperativa está diretamente vinculado ao progresso econômico e social da região. Além disso, a ênfase na tomada de decisões, transparência e reinvestimento local permite que as cooperativas atendam de maneira mais eficaz às necessidades específicas da comunidade, promovendo um desenvolvimento sustentável mais inclusivo e equitativo.
O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.
