O relatório prévio feito pelo gabinete de amparo aos negócios, formado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Sebrae e associações comerciais da região, aponta que a inundação de maio gerou prejuízos em negócios de todos os portes.
Aplicada entre 10 de maio e 11 de junho, a pesquisa tabulou dados de 1.452 empresários de 19 municípios das mais de 42 mil registradas no Vale do Taquari. Conforme o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Angelo Fontana, os números contribuem tanto às entidades quanto aos governos para saber quais foram os impactos no setor produtivo.
Mesmo assim, a participação ficou abaixo do esperado. O modelo de aplicação seguiu a experiência de setembro do ano passado, quando foi montado o questionário. Com base nas informações, buscou-se auxílio dos governos, tanto em termos de liberação de créditos quanto para políticas de retomada econômica e proteção do emprego e renda.
O prejuízo estimado superou os R$ 300 milhões. Os municípios com mais respostas foram Encantado, Lajeado e Arroio do Meio. No levantamento, a maioria dos negócios afetados são microempresas e microempreendedores individuais, com faturamentos anuais de até R$ 80 mil.
Em cima disso, os empresários apontaram como principais necessidades o acesso a crédito subsidiado e postergação de impostos. Cerca de 62,24% dos negócios foram muito impactados, e 40,84% conseguiram retomar as atividades. A catástrofe climática afetou a economia regional, com muitos negócios estimando um tempo de recuperação de até três meses.
Raio X da região
Demografia e economia do Vale do Taquari:
- População: 386.201 habitantes.
- PIB: R$ 19,1 bilhões em 2021.
- Empresas: 42.399 registradas até dezembro de 2021.
- Necessidades imediatas: Acesso a crédito, postergação de impostos, e renegociação de dívidas, indicando a urgência de apoio para recuperação econômica.