Jornal Nova Geração

WESTFÁLIA

Languiru contrata para reativação total de frigorífico

Plano para pagamento de credores será apresentado em assembleia. Resultado da auditoria é adiado para setembro

Gustavo Marques (e) e Paulo Birck participaram do programa "Frente e Verso" (Crédito da imagem: Daniély Schwambach)

A Cooperativa Languiru deu um importante passo em sua história. Isso porque, no dia 04 de junho, o Frigorífico de Aves de Westfália exportou o primeiro container para a China. Além disso, a mesma unidade trabalha para que, até o final de julho, tenha a planta reativada na integralidade. De acordo com o presidente liquidante, Paulo Roberto Birck, esses movimentos fazem parte do projeto de reestruturação da cooperativa, que ganha força por meio das parcerias.

Desde fevereiro, a unidade de aves de Westfália presta serviços de abate para a JBS, com o objetivo de preencher um turno de abate, com 75 mil aves por dia. Deste volume, 25 mil aves são fornecidas pela Languiru e 50 mil pela JBS.

Com a consolidação da parceria, a cooperativa trabalha para ampliar os serviços e atingir sua capacidade máxima de produção. Ou seja, abate de 150 mil aves por dia. “Essa semana estamos contratando mais 40 colaboradores e, após isso, pelo dia 10 de julho, chegamos a totalidade”, revela Birck.

A habilitação do abatedouro para o mercado chinês elevou o patamar de competitividade e qualidade dos produtos, bem como trouxe vantagens para futuras parcerias. “Quem abate conosco também terá essa possibilidade de exportar para o mercado externo, porque a habilitação é para o frigorífico, não somente para o CNPJ da Languiru”, explica o presidente.

Auditoria será apresentada em setembro

A empresa Dickel & Maffi, responsável pela auditoria e consultoria da Cooperativa Languiru, segue com as investigações nos próximos dias. Devido às cheias na região e em Porto Alegre, cidade sede da prestadora, parte do trabalho precisou ser adiado.

“A empresa teve dificuldade de acesso para fazer alguns expedientes na cooperativa, quando eles têm contato com funcionários e associados. Todo o mês de maio eles tiveram esse prejuízo”, conta o superintendente administrativo e financeiro, Gustavo Marques.

O resultado do levantamento dos últimos cinco anos deve ser apresentado durante a assembleia de prestação de contas de setembro.

Parcerias para reestruturação

A preocupação com o campo é iminente após as cheias na região. Para auxiliar produtores associados, a Cooperativa realiza um levantamento para entender as reais necessidades das propriedades e conseguir destinar as doações.

“A gente já participou de várias reuniões trazendo essa dificuldade do produtor, porque de certa forma, o impacto maior foi nos associados. Temos produtores que perderam todo o plantel de vacas de leite, outros que pararam a produção”, conta Birck.

A dificuldade logística de ofertar volumosos, como silagem e milho, afeta diretamente as produções. Como consequência, hoje já é possível observar a venda de rebanhos e a redução na produção do leite.

A enchente de maio também atingiu a fábrica de rações em Estrela, que chegou a um prejuízo estimado de R$2 milhões, em matérias-primas e insumos. A unidade permaneceu fechada por três semanas, sem produzir ração.

Pagamento de credores

Em assembleia marcada para julho, será apresentado o plano de pagamento dos credores. O estudo foi realizado pela empresa Markestrat Group, assessoria de São Paulo que trabalha exclusivamente com o agronegócio.

“No estudo vão demonstrar a viabilidade financeira do segmento para cumprir o plano proposto. Após a apresentação, vamos iniciar o segundo semestre com os pagamentos”, explica Marques.

A Markestrat Group foi a responsável pelo planejamento estratégico da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), para os próximos 10 anos.

Assista ao bate-papo completo

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