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AEDES AEGYPTI

Estrela confirma primeiro óbito por dengue em 2024

Em meio ao crescimento de casos, município se aproxima de mil confirmações da doença e é a cidade mais infestada do Vale do Taquari. Período de cheias e altos volumes de chuva eleva preocupação para o cenário no próximo ano

Município se aproxima dos mil casos da doença. O número é superior ao registrado ao longo de 2023. Crédito: Arquivo NG

Em meio ao aumento expressivo de casos por dengue, Estrela registra o primeiro óbito pela doença em 2024. A vítima é um homem de 64 anos, residente do bairro Auxiliadora. A morte foi confirmada pelo setor de Vigilância Epidemiológica do município nessa quinta-feira, 11. Já são quase mil casos confirmados na cidade.

São 988 registros da doença neste ano, afirma a coordenadora Carmem Hentschke. O número é superior ao registrado ao longo de 2023, que foi de 919 casos. Com mais um episódio de inundação em grande parte da cidade, a infestação do mosquito Aedes aegypti deve se agravar. Somente em maio foram quase 200 registros.

Na avaliação da coordenadora, as cheias do ano anterior contribuíram para o aumento da infestação do mosquito no início de 2024. Com a enchente de maio e a grande quantidade de chuvas, a situação deve se repetir, devido aos entulhos que podem servir como criadouro para larvas do Aedes aegypti.

“Apesar do frio, nossos casos não param de subir e continuamos sendo o município com maior número de confirmações na região. Neste momento, temos a preocupação com as casas destruídas, com diversos focos de mosquito. Nosso receio é que no ano seguinte, a situação seja semelhante ou pior que agora”, comenta Carmen.

Com as ações de combate ao mosquito retomadas, a Secretaria de Saúde direciona as atividades na busca de minimizar a infestação pelo inseto. Os agentes de endemias focam neste momento em bairros atingidos pela cheia. Também é feita a aplicação de larvicida e BTI para conter a proliferação do mosquito, sobretudo em piscinas.

Cuidados necessários

A coordenadora destaca que a quantidade de mosquitos em circulação deve aumentar nos próximos meses. Mesmo com as baixas temperaturas, a orientação é o uso de repelente e roupas longas.

“Percebemos que as larvas do mosquito estão se adaptando ao frio. Mesmo com baixas temperaturas, há a reprodução do inseto. Para tentar minimizar o cenário, também estamos contratando profissional de Biologia para acompanhar os agentes in loco”, explica.

A semelhança de sintomas entre dengue e leptospirose também é uma preocupação para a Secretaria de Saúde. Segundo Carmen, grande parte dos pacientes fazem o teste para as duas doenças. No entanto, o número de casos de dengue se sobrepõem.

Testes

No fim do mês de abril, a Vigilância Epidemiológica fez o terceiro “Teste de Ovitrampas” no ano. No entanto, algumas ovitrampas foram levadas pelas águas, sobretudo as instaladas nos bairros mais atingidos. Desta forma, o resultado do levantamento fica comprometido. Além disso, o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) previsto para maio não pôde ser feito. O próximo está agendado para agosto.

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