Após a reconstrução da histórica Ponte de Ferro, que reconectou as cidades de Arroio do Meio e Lajeado, a Lyall Construtora iniciou um movimento para potencializar o desenvolvimento do município de Estrela e reconstruí-lo fora de áreas alagáveis. Segundo os diretores da empresa, Roberto Lucchese e Artur Harter, o novo projeto está voltado a uma preocupação com o progresso e a criação de um legado duradouro para as futuras gerações.
“Precisamos tomar decisões difíceis agora, mas a gente percebe o contrário. Há pessoas querendo tomar decisões políticas e bonitas. Não é isso que o Vale precisa fazer”, salienta Lucchese. De acordo com ele, a iniciativa prevê a devolução, por parte do Governo, de áreas não alagáveis para realocação de departamentos públicos e privados, residências e estruturas logísticas.
“Há uma área que já está dentro do município e não é utilizada pelo governo federal. Então, seria um trâmite muito mais de liberação de uma área que não tem uso”, explica Harter. “Estamos trabalhando e auxiliando o município de Estrela nesses trâmites para resolver isso de forma inteligente. A gente está com muitas oportunidades na mesa por causa da calamidade, mas que estão passando”.
Segundo Harter, o estado de calamidade pública traz ao Vale uma oportunidade única. Isso porque decisões que iriam demorar de oito a 10 anos para serem concluídas, podem ser tomadas em três meses. Se os municípios não aproveitarem a oportunidade, a recuperação da região pode demorar ainda mais.
Busca por apoio
O projeto foi apresentado ao estado, em um encontro no dia 25 de junho, na sede do Ministério da Reconstrução em Porto Alegre. Na ocasião, também estiveram presentes os representantes do Executivo estrelense, do governo federal, do Ministério Público, da Patram e da Brigada Militar.
Ainda que o movimento não seja político, os empresários buscam o apoio dos governos para fortalecer a iniciativa. “É uma obra completa. Quando entreguei ao governo do estado falei que Estrela pode ter a maior obra de infraestrutura e reconstrução do RS”, destaca Lucchese.
A expectativa é levar o projeto a Brasília. Com a aprovação e devolução das áreas, uma nova etapa iniciará, para encontrar empresas que possam abraçar a causa.