Para atender de forma temporária às famílias que tiveram residências destruídas pelas cheias, o município de Estrela foi contemplado com 31 casas provisórias cedidas pelo governo estadual. As unidades serão instaladas no bairro Imigrantes, nas proximidades do Centro de Referência de Assistência Social, local fora de área de risco.
A instalação das unidades deve iniciar na segunda-feira, 12, a partir da chegada dos módulos no município. Arquiteto da Secretaria Estadual de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), Marcos Hofmeister explica que o número de casas disponibilizadas pelo governo estadual neste momento é referente ao espaço disponível no terreno.
“O município tenta viabilizar outra área para colocação de mais moradias temporárias. Caso seja disponibilizado o espaço, há possibilidade de instalação de mais casas na cidade”, afirma Hofmeister. O termo de cooperação entre o Estado e a administração municipal é de um ano e pode ser prorrogado pelo mesmo período.
As casas serão disponibilizadas às famílias que seguem nos abrigos do município. Cada módulo possui 27 metros quadrados e as unidades são equipadas com móveis de necessidade básica e áreas como cozinha, sala, banheiro e quarto. A estrutura possui espaço para abrigar núcleos familiares com até seis pessoas.
A montagem das moradias deve levar alguns dias. De acordo com o cronograma elaborado pelo Estado, a colocação de base dos módulos ocorre até o dia 12 de agosto. Já a montagem dos móveis ocorre durante o mês de setembro. Neste período, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação (Sedeh) fica responsável pela garantia de água, saneamento básico e energia elétrica.
Saída de abrigos
Com três abrigos ainda em funcionamento, Estrela registra mais de 90 famílias abrigadas nos ginásios. Para a seleção dos grupos familiares, a Sedeh estabeleceu os critérios de prioridade regulamentados pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas). A partir da instalação das casas temporárias, os abrigos devem ser reorganizados e a expectativa é que, pelo menos, dois sejam fechados.
Na avaliação da secretária Renata Cherini, as residências temporárias significam a oportunidade de as famílias retomarem a autonomia. “Iniciamos a resposta à calamidade pública com oito abrigos e cerca de mil pessoas abrigadas. Mensurar que vamos diminuir ainda mais esses espaços coletivos para uma moradia provisória e individual, significa proporcionar dignidade habitacional”, afirma.
De acordo com a pasta, as famílias beneficiadas não terão nenhum tipo de curso em relação aos módulos. Após a reorganização dos abrigos, o ginásio Ito Snel é o que deve permanecer em funcionamento.