Um projeto de Estrela, outro de Putinga e dois de Encantado serão apresentados em reunião na tarde de hoje na sede do Instituto Ling, em Porto Alegre. Desenvolvidos por voluntários e sustentados como prioridade pelas associações comerciais dos municípios, as iniciativas concorrem a parte dos R$ 84 milhões do programa Reconstrói RS.
A escolha dos beneficiados será avaliada por um comitê composto por especialistas em engenharia e arquitetura. Lançado no fim de maio, o programa foi remodelado, com o teto de investimento e o percentual das obras selecionadas ampliados.
O intuito é atender de forma mais assertiva os projetos estruturantes, conta o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Angelo Fontana. “Temos mantido um diálogo muito próximo dos proponentes do Reconstrói RS. Há um entendimento dentro da Federasul de que o Vale do Taquari precisa ser atendido e valorizado.”
O vice-presidente da Federasul, Rafael Goelzer, diz que o Reconstrói RS tem o objetivo de auxiliar no retorno o mais célere possível das atividades comunitárias e contribuir à prevenção de novas catástrofes climáticas.
Pela lista de critérios, entram investimentos em estabilização, recuperação e proteção de taludes, restabelecimento de pontes, estradas, recuperação de diques e barragens, obras de drenagem e de saneamento. Com as mudanças nos critérios, habitação também está entre os setores contemplados.
“O programa foi pensado para incentivar o espírito comunitário e empreendedor da população. O Vale do Taquari tem essa característica, de uma história de trabalho colaborativo. Então, reformulamos o Reconstrói RS. Importante que se diga, todo o aporte é a fundo perdido. Os empresários locais e os voluntários, por meio das associações filiadas à Federasul, estão aptos a inscrever os projetos.”
O Reconstrói RS é uma iniciativa da Federasul, junto com os institutos Ling e Floresta. Os quatro projetos da região serão apresentados a partir das 15h.
Aporte para Marques de Souza e Travesseiro
Na quinta-feira da semana passada, uma das obras solicitadas pela região foi aprovada pelo colegiado do Reconstrói RS. Trata-se da ponte de Marques de Souza a Travesseiro. Serão mais de R$ 1,2 milhões para complementar os recursos à obra.
A presidente da Associação Amigos de Marques de Souza e Travesseiro, Edna Kremer, conta que o recurso será aplicado na construção de uma passagem de 120 metros de extensão e 4,5 de largura. “Não tínhamos todo o dinheiro, então o presidente da CIC (Angelo Fontana) sugeriu para inscrevemos no Reconstrói. Participamos de encontros com líderes empresariais, um deles com a diretoria da Federasul na Expointer. Em cima disso, conseguimos definir o projeto e o cronograma de obras.”
De acordo com ela, a obra está prevista para começar neste mês. O custo total da ponte está orçado em cerca de R$ 2,6 milhões. A associação captou a metade do recurso, por meio do Sicredi Integração (R$ 1 milhão). Os outros R$ 300 mil vieram por meio de arrecadação de doações pelo PIX.
“Após liberação da licença, esperamos que a ponte possa ser concluída em 5 meses.”
Programas em busca de recursos
- ESTRELA
Projeto para recuperação de áreas agrícolas degradadas no Arroio do Ouro, Figueira e Delfina. Foi inscrito pela Cacis e elaborado por voluntários. - PUTINGA
Reforma na barragem entre Putinga e Ilópolis. Inscrito pela associação comercial dos municípios da parte alta. - ENCANTADO
Projeto SOS Habitar. Inscrito pela Aci-E, visa complementar projeto para construção de um condomínio para pessoas que perderam as casas nas inundações.Contenção de encostas. O segundo projeto é voltado para serviços de preservação das margens como forma de mitigar o efeito das enchentes.