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BR-386

“Vamos entrar na parte mais pesada das obras na ponte do Taquari”

Representantes da CCR ViaSul detalham andamento da reestruturação da travessia e os próximos passos. Próxima etapa será voltada ao reforço das fundações e deve iniciar no fim deste mês

Crédito da imagem: Felipe Neitzke / arquivo

Iniciadas no fim de setembro, as obras para recuperação da ponte sobre o Rio Taquari, entre Lajeado e Estrela, entrarão na etapa mais complexa no fim deste mês. É o que projeta a CCR ViaSul, que mantém para seis meses o prazo de conclusão dos trabalhos na estrutura, danificada pela enchente histórica de maio.

Em entrevista ao programa Frente e Verso, o gerente de operações da CCR ViaSul, Paulo Linck, e o coordenador de engenharia, Gabriel Cunha, detalharam o andamento das obras e os próximos passos. Segundo eles, está sendo feito o reforço estrutural na parte dos pilares. A partir deste mês até dezembro é que a reestruturação da ponte toma forma.

“Isso deve começar no fim de novembro, início de dezembro e se estender pelos próximos dois meses. Vamos entrar na parte mais pesada das obras. Estaremos com equipamentos maiores, entrando no reforço da fundação, que será feito com um conjunto de estacas raízes. Vamos levar elas até o topo da superfície e fazer a consolidação com o bloco existente”, projeta Cunha.

Segundo o coordenador de engenharia, o problema que levou a interdição da ponte foi justamente nas fundações. Na semana pós-cheia, quando as primeiras avaliações da estrutura foram feitas, já haviam sido identificados danos. “Continuando as investigações, verificamos problemas mais significativos de maior monta nas fundações. São tubulões antigos da época da obra”.

A partir dessa reanálise e de novas avaliações, foi apontada a necessidade da interrupção do fluxo de veículos no local. “Só a recuperação feita anteriormente não atingiria o efeito desejado e não daria estabilidade à obra. Então tivemos que ampliar os trabalhos, trazendo equipe especializada”.

Crédito da imagem: Gabriel Santos

Prazo mantido

Por ora, segue o prazo de seis meses para finalização dos trabalhos. Linck, no entanto, não descarta que possa ocorrer liberações parciais, à medida em que a obra avançar e passar por novas avaliações. “É um prazo coerente com o tamanho da obra e magnitude dela. Seguimos esse cronograma e trabalhamos com afinco para, quem sabe, reduzir”, afirma.

Com todos os estudos e testes de carga realizados, segundo Cunha, atualmente não há a possibilidade de liberação parcial de uma faixa, como já foi cogitado. “Vamos trabalhar de forma a estruturar a ponte. E, aí sim, continuando os estudos, fazemos uma nova avaliação. Quem sabe numa recuperação em alto nível, isso pode ser reavaliado”.

Segundo Cunha, a reforma da ponte é pensada também para ser mais resistente a possíveis novas inundações. “A própria fundação hoje já tem quatro estacas. Vamos fazer mais quatro, com uma resistência mecânica às pancadas, uma camisa metálica com espessura de 10 centímetros”.

Multa a Lajeado

Sobre a multa aplicada pelo Ibama ao município de Lajeado por conta da obra de recomposição do asfalto na Bento Rosa, Linck ressalta que a concessionária tem obrigações legais pautadas no contrato de concessão e lembra que o problema não foi com a obra em si.

“O município não ficou impedido de fazer. Tem requisitos que deveriam ser cumpridos, e o entrave se deu nesse ponto, com a empresa contratada pelo município, que deveria cumprir com requisitos de segurança pela equipe qeu atuaria no local”, comenta Linck, que diz ter tomado conhecimento da multa pela imprensa.

Assista a entrevista na íntegra 

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