Jornal Nova Geração

Opinião

Airton Engster dos Santos

Alexandre Garcia e suas raízes estrelenses

O renomado jornalista brasileiro Alexandre Garcia, conhecido por sua eloquência e análises políticas, trouxe reflexões profundas à Reunião Almoço da Cacis de Estrela, onde palestra sobre o tema “Brasil do futuro que não chega”. O evento reúne empresários, líderes e cidadãos interessados em discutir os desafios do país e as possibilidades de construção de um futuro próspero e viável.  O vínculo de Alexandre Garcia com Estrela transcende sua presença como palestrante. Ele viveu na cidade, enquanto seu pai, Oscar Chaves Garcia, trabalhava na antiga Rádio Alto Taquari, um marco histórico para a comunicação regional.  A residência da família, localizada na Rua Coronel Brito, também guarda memórias de uma infância estrelense marcada pelas peculiaridades da cidade. Um dos registros mais simbólicos dessa época é uma foto histórica de Alexandre ainda menino, navegando em uma embarcação durante uma enchente em 1950, pelas ruas alagadas do município. A volta de Alexandre Garcia a Estrela, além de enriquecer os debates sobre o futuro do Brasil, reacende a memória de um menino que viu de perto as belezas e desafios de uma cidade que moldou parte de sua história.

Ordem, nacionalismo e tensões em Estrela – 1940-1941

João Sabino Menna Barreto, estrelense de nascimento e décimo filho de Antônio Vitor de Sampaio Menna Barreto, marcou sua gestão como prefeito de Estrela entre 4 de janeiro de 1940 e 31 de julho de 1941.  Durante seu curto mandato, Menna Barreto implementou obras essenciais, como a construção de um depósito de água com grande capacidade em 1941. Entre suas contribuições administrativas, destacam-se a regulamentação dos horários de funcionamento do comércio e das barbearias, medida que buscava organizar a rotina econômica da cidade.
Porém, sua gestão também ficou marcada pela intensificação da campanha nacionalista no município, uma exigência do governo federal da época, que obrigava o uso do português e restringia o uso de línguas estrangeiras, especialmente o alemão. A medida gerou contrariedade em uma população majoritariamente descendente de imigrantes alemães, que enfrentava dificuldades em se adaptar às novas regras linguísticas e culturais.
Apesar dos desafios, o governo de João Sabino Menna Barreto também testemunhou avanços marcantes, como a fundação do Aeroclube Alto Taquari.

Lançamento de livro celebra história da suinocultura e emociona público em Estrela

O Memorial Werner Schinke de Estrela recebeu o lançamento do livro “Suinocultura no Brasil – Evolução e Memória Familiar”, obra assinada por Werner Meincke, Silvio Meincke, com participação de José Adão Braun, Gilberto Moacir da Silva e Alfredo Ignácio Barth.  O evento reuniu lideranças, produtores, familiares e entusiastas do setor para uma celebração que destacou a contribuição de gerações à evolução da suinocultura no país.  A obra traça um panorama histórico e técnico da atividade, com destaque para o pioneirismo de Werner Meincke na introdução da inseminação artificial em suínos no Brasil e as reflexões de Silvio Meincke sobre os aspectos humanos e sociais da suinocultura familiar. Ao final, os participantes saíram com um exemplar autografado e com a certeza de que a história contada nas páginas continuará ecoando por muitos anos.

Casal Feine preserva história e tradição em Estrela

Uma visita ao lar do senhor Erno e da dona Seli Feine revela um verdadeiro museu vivo de memórias e história. O casal, aposentado e com décadas de contribuição à comunidade de Estrela, coleciona cuidadosamente itens que narram suas trajetórias pessoal e profissional. Erno e Seli, ex-proprietários da icônica Loja Seli, que operou por cerca de 60 anos, guardam álbuns repletos de documentos, fotografias de equipes e relíquias que celebram suas origens, marcadas por viagens à Alemanha em busca de conexão com a ancestralidade. Além de empreendedores visionários, os Feine são exemplos de dedicação comunitária. Com uma participação ativa em grupos de danças folclóricas alemãs, na Comunidade Luterana e no Lions Clube, eles contribuíram para preservar e fortalecer a identidade cultural e social da região. Erno Feine, além de colecionador, é um pesquisador nato. Seu cuidado em catalogar o material acumulado ao longo de décadas reflete sua dedicação em manter vivas as histórias de sua família e da comunidade.

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