O que despertou seu interesse pela música e pela regência de orquestras?
Lucas Eduardo Grave – Desde pequeno, a música sempre esteve presente na minha rotina. Comecei no teclado, incentivado pela família, especialmente por acompanhar meu tio Airton Grave. O interesse pela regência veio naturalmente, depois de muito estudo e pela confiança depositada em mim ao longo das oportunidades que surgiram.
Quais foram os maiores desafios no início da carreira como maestro?
Grave – Como em qualquer profissão, o início de carreira sempre traz muitos desafios. Foi difícil conquistar espaço e encontrar oportunidades, especialmente sendo jovem. Além disso, me adaptar a diferentes orquestras e estilos exigiu grande flexibilidade e aprendizado contínuo.
Você teve influência de alguém para ingressar na música?
Grave – Cresci em um ambiente onde a música era uma constante, tanto por parte do meu pai quanto da minha mãe. O apoio foi crucial, assim como a inspiração de excelentes professores que mostraram como a música pode transformar vidas e fortalecer vínculos. Minha vivência reflete diretamente na forma como conduzo. Dou prioridade ao respeito e à colaboração entre os músicos, promovendo um clima de harmonia e valorização das particularidades de cada um. Busco, sempre que possível, interpretar as composições com sensibilidade e profundidade.
Como foi o processo de assumir a regência de orquestras tão distintas no Vale do Taquari?
Grave – Cada orquestra possui uma personalidade própria, e entender essas diferenças é essencial. Procurei, antes de mais nada, abrir um diálogo com os músicos e conhecer a trajetória de cada grupo. Isso me ajudou a ajustar meu estilo, respeitando as tradições locais e ao mesmo tempo, trazendo novas ideias e repertórios.
Quais projetos ou concertos você considera mais marcantes?
Grave – A realização de turnês internacionais está entre os maiores destaques da minha trajetória. Já participei de sete pela Europa e uma pela América do Sul. No dia 14 de janeiro, embarco para a oitava, com a Orquestra de Barão, com sete concertos programados na Alemanha, Suíça e Áustria. Esses eventos sempre deixam lembranças incríveis. Na região, projetos como a turnê “Sucessos da Música Popular do Sul”, com a Orquestra de Barão, o show “Especial Roupa Nova”, com o Conjunto Instrumental do Colégio Teutônia, “Pra Sempre Sertanejo”, com a Orquestra Henrique Uebel e “Passos e Acordes da Tradição”, com a Orquestra de Westfália, foram algumas das iniciativas mais especiais em 2024.
O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.