A retomada das aulas na Educação Infantil se aproxima e, com isso, o município avalia estratégias para sanar a demanda existente por vagas. Além do objetivo zerar a fila, a Secretaria de Educação de Estrela enfrenta o desafio de reorganizar o atendimento nas escolas que foram afetadas pelas cheias. O retorno às salas de aula ocorre no dia 5 de fevereiro.
Cerca de 270 crianças aguardam por uma vaga nas Escolas Municipais de Educação Infantil. A expectativa do governo é garantir que todas as solicitações de matrículas sejam atendidas no início do ano letivo. Segundo o secretário de Educação, Paulo Gustavo Sehn, a maior demanda está relacionada à espera por turmas de berçário.
A pasta considera diferentes estratégias para atender as necessidades. A reabertura de escolas atingidas pelas cheias deve solucionar parte da demanda. Desde maio de 2024, por exemplo, a Emei Casa da Criança Estrelense absorve alunos e equipes das Emeis Arroio do Ouro, Cantinho do Lar e Pingo de Gente, que sofreram avarias nas estruturas.
A expectativa é que as três escolas possam retomar as atividades em locais separados. Uma parceria entre o governo municipal e o Estado deve viabilizar salas no Instituto Estadual Estrela da Manhã (Ieeem) para alocar a Emei Pingo de Gente, destaca o secretário. Desta forma, o atendimento permanece dentro da zona de referência, no bairro Cristo Rei.
A reabertura das Emeis Arroio do Ouro e Cantinho do Lar também faz parte do plano apresentado pela pasta. A prefeita Carine Schwingel destaca que o trabalho de reestruturação dos espaços foi feito com recursos dos Conselhos de Pais e Mestres de cada instituição de ensino.
Situação temporária
Sobre o risco das escolas em áreas alagáveis, Carine ressalta que as medidas buscam solucionar uma demanda atual. “Não podemos simplesmente esquecer os locais que foram atingidos. Não temos outras áreas para atender todas as crianças neste momento. Mesmo que se tenha projeções para novas escolas, leva tempo para construir”, destaca.
Segunda a prefeita, a situação deve ser temporária e constantemente monitorada. “As escolas vão ter uma estrutura segura. A experiência das crianças na Educação Infantil também deve ser levada em consideração, por isso a importância de oferecer um ambiente adequado”, comenta.
Desafio no berçário
De aproximadamente 270 crianças que aguardam por uma vaga na Educação Infantil, quase 200 esperam pela matrícula nas turmas de berçário. A fila para o maternal também é um desafio para a Secretaria de Educação. A maior demanda está localizada no bairro Boa União, afirma o secretário.
A expectativa é que a compra de vagas na rede particular de ensino solucione o deficit de vagas. Por conta disso, a construção de novas escolas deve ser reavaliada junto à comunidade, a fim de atender as demandas de longo prazo. Atualmente, cerca de 1,3 mil crianças estão matriculadas na Educação Infantil.