Desde agosto, o Núcleo de Mediação e Arbitragem retomou os trabalhos no município. Uma alternativa à justiça convencional, o núcleo tem o mesmo valor judicial, por um custo mais acessível. “Nosso objetivo é justamente desafogar a Justiça, trazendo um caminho mais célere a conflitos que podem ser solucionados de maneira mais simples”, explica o presidente do Núcleo de Estrela e bancário aposentado, Antônio Rücker.
Podem ser submetidos nos Núcleos de Mediação e Arbitragem, processos que envolvam finanças ou patrimônio. O requerente precisa portar informações a respeito do requerido (nome completo, endereço e telefone). “Neste momento, o requerente vai declarar qual questão quer submeter ao Fórum de Justiça Comunitária, para que seja solucionado”, declara Rücker, lembrando que o valor único, para ingressar com a demanda, é de R$ 50.
O andamento do processo segue de forma semelhante às demandas da Justiça Estatal. A diferença é o pacto de confidencialidade, não publicizando os atos. Durante certo período, o requerido será procurado pelos mediadores, para que seja notificado da reclamação. “Tendo sido cientificado, requerido e requerente partem para audiência de conciliação, onde nós, do Núcleo, mediaremos. Não é obrigatória a formação em direito para os componentes do grupo. Já atendemos diversas empresas aqui do município, tendo 100% de êxito nas demandas em que houve audiência”, revela Rücker.
Em Estrela, Núcleo de Mediação e Arbitragem funciona na rua Tiradentes, 401, sala 304, junto à Faculdade La Salle. O atendimento é às terças e quintas-feiras, das 14h às 18h30. O grupo é composto, também, pela cabeleireira Ingrid Ruhrwein, pela pedagoga e biomédica Raquel Birck e pelo bacharel em direito e administrador, Enio Thomas. “Temos um time heterogêneo, e estamos em busca de novos componentes”, destaca Rücker. O órgão pode ser contatado pelo telefone 51 3720-2732, Whatsapp 51 99370-0492 ou pelo e-mail [email protected]
Agilidade, neutralidade e confidencialidade
O gerente comercial da Redemac Morelli, Frederico Lagemann, destaca a eficácia das negociações junto ao núcleo. “Não existe ‘réu’. Estamos ali para negociar a melhor maneira para as duas partes. Além disso, ninguém vai a um tribunal. Vamos a uma sala de aula, adaptada para funcionar como um recinto de audiência. Esses detalhes oferecem mais possibilidades de chegarmos a um acordo”, explica.
Lagemann frisa ainda, que o retorno através da Mediação é satisfatório. “No nosso caso, o êxito foi 66% superior ao uso do SPC/Serasa, ou mesmo a justiça comum. O cliente não se sente ofendido pela maneira como a ação é conduzida. Na maioria dos casos, o cliente voltou a comprar”.
A gerente da joalheria e ótica London, Vanize Inez Krakhecke também recorreu ao serviço e a maior parte das negociações foram bem-sucedidas. “Os mediadores estão ali para conduzir a conversa, mas nós, requerentes, conversamos diretamente com os requeridos, para viabilizar uma forma de pagamento possível de ser executada”, declara Vanize, ressaltando que os horários são alternativos. “Podemos marcar a mediação para depois do horário de trabalho, o que facilita para todas as partes, e evita constrangimentos”.