De onde surgiu tua relação com este livro e qual foi o processo criativo?
Gladis Schneider – A inspiração surgiu durante uma palestra sobre gerenciamento de emoções em São Paulo. Uma colega mencionou mulheres escrevendo livros, o que me levou a aceitar convites para coautoria. Ao conversar com minha filha, Fernanda, percebi que poderíamos abordar as dúvidas sobre propósito, o que me motivou a escrever rapidamente um capítulo. O processo foi intenso, mas gratificante, e a ideia fluiu naturalmente, permitindo-me compartilhar experiências relevantes e reflexões que muitas pessoas enfrentam em suas jornadas pessoais.
Quais são seus planos para o futuro? Pretende escrever mais?
Gladis – Pretendo continuar com palestras, pois posso impactar mais pessoas em menos tempo. Em relação à escrita, quero reunir mulheres para contar suas histórias em um livro coletivo, pois acredito que todas têm narrativas valiosas a compartilhar. No lançamento do meu próximo livro, farei um convite a quem deseja escrever sua trajetória, criando um espaço para troca de experiências e fortalecimento entre mulheres. Espero que isso inspire um senso de comunidade e empoderamento, ajudando outras a encontrarem suas vozes.
E qual foi o tema do teu capítulo na outra obra?
Gladis – No primeiro livro, escrevi sobre minha entrada na enfermagem, destacando os desafios que enfrentei ao deixar Estrela por Santa Cruz em 1989. Foi um despertar da vocação, superando barreiras e encontrando meu caminho em um novo ambiente. Essa experiência moldou minha identidade profissional, e tenho orgulho de cada vida que toquei ao longo da minha carreira. Através dessa narrativa, busquei inspirar outros a não desistirem de seus sonhos, mesmo diante de dificuldades.
Você sentiu diferença entre escrever pela primeira vez e pela segunda vez?
Gladis – Sim, foi muito diferente. No primeiro livro, levei mais de seis meses, devido à insegurança e necessidade de revisão, e o processo parecia um desafio constante. No segundo, escrevi em apenas um fim de semana, com fluidez e facilidade, mostrando como a prática e a confiança mudam o processo criativo. Essa evolução me ensinou a lidar melhor com o medo e a insegurança, tornando a escrita uma experiência muito mais leve e prazerosa. Agora, sinto que posso expressar minhas ideias de forma mais autêntica e espontânea.