Jornal Nova Geração

DE OLHO NA URNA

A menos de 100 dias das eleições, partidos intensificam conversas

Próximas semanas devem encaminhar alianças e, em 20 de julho, inicia período das convenções partidárias. Principais cidades apresentam diferentes cenários para outubro

(Foto: Arquivo A Hora)

A partir de 20 de julho, partidos começam a definir candidaturas majoritárias e legislativas, bem como as coligações para as eleições municipais de outubro. Até lá, reuniões e conversas entre líderes partidários esquentam os bastidores da política em toda a região, bem como movimentam a chamada “pré-campanha”.

Em paralelo, o cenário de reconstrução após a enchente histórica de maio também interfere sobre as movimentações das siglas. Planos de governo que já estavam em construção antes da catástrofe climática passam por adaptações e revisões. E, enquanto algumas pré-candidaturas se consolidaram no período, outras perderam força.

Nas maiores cidades da região, diferentes cenários. Em relação aos nomes cotados às cabeças de chapa, poucas mudanças de maio para cá. Por outro lado, permanece a incerteza nas composições majoritárias. Muitos pré-candidatos a prefeito ainda não contam com uma definição sobre os possíveis vices.

O período de convenções segue até 5 de agosto. Ou seja, serão duas semanas para a definição das candidaturas. Já a campanha eleitoral, com a propaganda nas ruas e pela internet terá início no dia 16 de agosto. Serão 45 dias onde candidatos a prefeito e vereador poderão pedir votos aos eleitores de suas cidades.

LAJEADO

A indicação do ex-secretário da Fazenda, Guilherme Cé, para a vaga de vice na chapa encabeçada pela atual vice-prefeita Gláucia Schumacher fez o PP largar na frente na definição das majoritárias. A movimentação indica o apoio do Novo à candidatura que representa a atual gestão municipal. Por outro lado, interfere também nos rumos de aliados.

Integrantes da base aliada, PSDB e PL ainda avaliam o cenário. Podem seguir com o PP, mas também cogitam uma parceria, descolados da candidatura governista. Conversas neste sentido já foram feitas. E não fecham as portas para outras siglas, como o MDB.

“A conversa com o PL é tão natural quanto a conversa com o PP. Fomos pegos de surpresa com a indicação do Cé, pois não foi uma construção entre os partidos. E isso gera uma primeira pressão dentro das siglas. Mas não existe discussão de rompimento, nada neste sentido”, garante o presidente da executiva do PSDB, Carlos Reckziegel.

Na oposição, o MDB confirma conversas com o PL. No entanto, o presidente Celso Cervi reafirma a pré-candidatura de Carlos Ranzi à prefeitura. “Nunca tivemos dúvida nisso. Inclusive, temos conversas bem avançadas dentro do partido. Se formos de chapa pura, o nosso vice será o Márcio Dal Cin (hoje vereador). Mas temos interesse em dialogar com outros partidos”, garante.

Ao mesmo tempo que dialoga com o PL, o MDB não fecha as portas ao PT, que tem Sérgio Kniphoff de pré-candidato. O desejo dos petistas é formar uma proposta alternativa para Lajeado, frisa o presidente do partido, Auri Heisser. “Temos uma pré-candidatura posta, afirmada e reafirmada. Vamos conversando até o limite, no sentido de construir uma aliança. E, caso não haja definição de composição com outra sigla, vamos sim, de chapa pura”, antecipa.

ESTRELA

Poucas mudanças no cenário nos últimos meses. Atual prefeito, Elmar Schneider (MDB) vai a reeleição. Por ora, está mantida a dobradinha vitoriosa de 2020, com João Schäfer (PSD) de vice. A coligação conta ainda com o PDT e o PL, que chegou a cogitar uma chapa própria, mas decidiu por manter a parceria com Schneider.

Na oposição, Carine Schwingel (União Brasil) encabeça uma das chapas e deve ter o vereador Márcio Mallmann (Podemos) de vice. O PSDB também apoia a ex-secretária, que também trabalha para atrair o Republicanos. Já o PP bateu o martelo em torno de João Braun, vereador mais votado em 2020, para o Executivo. A chapa pura contará com um vice a ser anunciado na convenção.

O PT avalia o cenário antes de definir sobre ter candidatura própria ou não. Cotada para a disputa, Denise Goulart afirma que o grupo dialoga para chegar a um consenso em relação à disputa. Já o Novo reafirma a candidatura de Jair Wermann, a ser homologada em convenção no dia 26 de julho. Será chapa pura. Por fim, o PSB estuda lançar Renato Horn.

ARROIO DO MEIO

Depois de quatro décadas, a cidade deve voltar a contar com quatro concorrentes ao governo municipal, dando fim às disputas polarizadas entre apenas dois candidatos. Dois dos nomes são velhos conhecidos do eleitorado, entre eles do atual prefeito Danilo Bruxel (PP), que vai a reeleição. Adriana Meneghini (PDT) será novamente a vice. O Republicanos também apoia a dobradinha.

Outro nome já testado nas urnas é o do ex-prefeito Sidnei Eckert (MDB). Vitorioso nos pleitos de 2008 e 2012, atuava recentemente de assessor parlamentar em Porto Alegre. Falta ainda a indicação do vice, que deve vir da própria sigla. O Cidadania tende a apoiar a candidatura.

O PT, que fez parte de gestões passadas do MDB, tem em Paulo Grassi seu nome ao Executivo. Ele já foi vereador e secretário municipal de Agricultura e deve encabeçar uma chapa pura. Já o PL, ainda recente no município, também prepara o lançamento de uma candidatura própria. O presidente da sigla, André Vianini e a ex-vereadora Lúcia Horn estão entre os nomes cotados.

TEUTÔNIA

Na segunda cidade mais populosa do Vale, poucas novidades. Atual prefeito, Celso Forneck é candidato a reeleição pelo PDT. Após o rompimento com o grupo ligado à vice, Aline Kohl, a tendência é de uma chapa pura na majoritária, segundo o presidente da sigla, Juliano Korner.

O vereador Vitor Krabbe será indicado para vice na chapa. “Estamos com apoio do PSB e Podemos. E estamos abertos se mais partidos estiverem interessados em fazer parte e dar continuidade ao nosso projeto”, salienta. Quem também já tem os nomes da majoritária definidos é o PT, que lançou o médico Carlos Renato Dreyer ao Executivo. A vice será Júlia Dörr, também do partido.

No PL, a projeção também é de chapa pura, segundo a presidente da sigla, Alana Gausmann, com Aline de pré-candidata a prefeita. “Ainda é cedo para confirmar, mas iremos definir o vice nos próximos dias. Temos três potenciais nomes no grupos”, detalha.

No PSD, o ex-prefeito Renato Altmann é pré-candidato e conta com o apoio de MDB, PP e PRD. Mas ainda sem definições de vice. “Talvez até a convenção, que será no dia 20, mais um partido se junte a nós. Em relação ao vice, será do MDB”, antecipa. Já no PSDB, o também ex-prefeito Jonatan Brönstrup ainda busca um nome para vice de sua chapa. Pode vir do União Brasil.

VENÂNCIO AIRES

Entre as pré-candidaturas postas, apenas uma indefinição. A coligação formada por PP e PL avalia quem vai encabeçar a chapa ligada à direita, formada por Maciel Marasca e Alexandre Wickert. Pesquisa interna nos próximos dias deve definir quem será o candidato a prefeito e quem concorre a vice.

Ainda no campo da oposição, o ex-prefeito Giovane Wickert (PSB) será novamente candidato. Falta definir quem será o vice. Podemos, PSDB e União Brasil, que irão apoiá-lo, pleiteiam a vaga. O Cidadania é outra sigla que vai integrar a coligação. Já o PT aposta no ex-vereador Cândido Faleiro Neto na corrida ao Executivo, possivelmente com chapa pura.

Na situação, a dobradinha vencedora em 2020 – Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB) — deve se repetir em outubro. O pedetista disputará a reeleição e vai receber o apoio, ainda, do Republicanos e do PSD, siglas que já fazem parte da base aliada.

ENCANTADO

De três a quatro candidaturas. É o que se desenha em Encantado para o pleito de outubro. O atual prefeito Jonas Calvi (PSDB) vai a reeleição e está atrás de um vice, que pode vir da própria sigla tucana ou do MDB. Neste segundo caso, o nome seria do ex-prefeito Baixinho Orsolin. No entanto, a vereadora Yê ainda pleiteia uma candidatura própria da sigla.

Na oposição, o ex-prefeito Paulo Costi tende a representar o PP na disputa. Há indefinições sobre a vaga de vice na chapa pura, sendo o ex-vice-prefeito Enoir Cardoso um dos cotados. O partido espera receber o apoio do PL. Já o PT reafirma que o ex-vereador e ex-presidente do Codevat, Luciano Moresco, será candidato à prefeitura.

Calendário eleitoral

  • 6 DE JULHO
    Servidor público que pretende concorrer precisa se descompatibilizar do cargo até esta data
  • 20 DE JULHO
    Início das convenções partidárias
  • 5 DE AGOSTO
    Término do prazo para realização das convenções
  • 15 DE AGOSTO
    Data limite para registro das candidaturas
  • 16 DE AGOSTO
    Início da campanha eleitoral nas ruas e na internet
  • 30 DE AGOSTO
    Começa a propaganda eleitoral obrigatória na TV e no rádio para o primeiro turno
  • 3 DE OUTUBRO
    Término da campanha eleitoral
  • 6 DE OUTUBRO
    Data do primeiro turno da eleição
  • 19 DE DEZEMBRO
    Fim do prazo para diplomação dos eleitos
  • 1º DE JANEIRO/2025
    Posse dos prefeitos e vereadores
Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: