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POLÍTICA

A um ano para as eleições, diretórios articulam possíveis candidaturas

Estrela e Teutônia devem ter pelo menos três concorrentes ao cargo de prefeito, com possibilidade de reeleição dos atuais chefes do Executivo. Demais municípios iniciam movimentos, com dúvidas sobre sucessão que deixam os cargos e debate sobre consensos

Eleições do ano que vem renovam mandatos nas prefeituras e câmaras de vereadores (Foto: Divulgação)

Aberta a contagem regressiva de um ano para as eleições municipais, os bastidores começam a revelar possíveis candidatos e as articulações avançam nos municípios da região. Entre postulantes à reeleição e nomes até então afastados da corrida eleitoral, o desenho fica mais claro à comunidade que vai às urnas em 6 de outubro de 2024.

Os dois maiores colégios eleitorais da microrregião ainda têm indefinições, mas entre eles uma coisa em comum: os atuais prefeitos de Estrela, Elmar Schneider (MDB), e de Teutônia, Celso Forneck (PDT), devem tentar renovar os mandatos. E, a exemplo do que ocorreu em 2020, as disputas tendem a envolver pelo menos três candidatos em cada cidade.

Estrela teve sete postulantes à prefeitura nas eleições passadas, um recorde na história do município, mas as alterações no perfil de algumas siglas contribuem para uma mudança no cenário. PSL e Democratas (DEM), que tiveram candidaturas em 2020, se fundiram para a criação do União Brasil (UB). Boa parte dos dissidentes das siglas migraram ao PL, outro partido que teve concorrente há quatro anos.

A entrada do Partido Liberal no governo Schneider deixa em aberto a possibilidade de uma candidatura própria, diante do posicionamento da sigla em nível estadual – que reforça sempre que possível a necessidade de liderar chapas. No entanto, o presidente do PL no município, Felipe Diehl, descarta esta possibilidade.

“Em 2024, faremos parte do projeto liderado pelo prefeito Elmar Schneider e na reeleição do atual governo. Entendemos que o que está dando certo deve ter continuidade, somos e seremos fiéis a essa ideia”, garante. O atual chefe do Executivo, quando questionado, desconversa e diz ainda não pensar no assunto. “Vamos falar sobre isso mais adiante, a prioridade é a recuperação da cidade”, pontua, ao fazer referência à enchente do início de setembro.

Oposicionistas e dissidentes

Como oposição aberta ao atual governo, desponta o PP com dois nomes: os vereadores João Braun e Márcio Mallmann. Os progressistas ainda conversam com outros partidos, mas no caso de uma chapa “sangue puro”, Braun concorreria a prefeito e Mallmann a vice. Os parlamentares foram os dois mais votados na eleição 2020 e o bom desempenho de Braun em 2022, quando concorreu a deputado estadual, anima os líderes partidários.

O surgimento do UB abre possibilidade para a ex-secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade Carine Schwingel concorrer. A presidente do partido no município aponta que a prioridade é a formatação da sigla, situação pela qual deixou o governo, porém acrescenta que “o diretório estadual pode indicar uma candidatura majoritária”.

Indefinição no Republicanos

Outro partido que deve ter candidatura própria é o Republicanos. Postulante pelo PL em 2020, Valmor Griebeler reforça que concorrerá novamente. “Temos isso consolidado e buscamos alianças com outros partidos”, afirma. O nome do vereador Humberto Canigia Rerig surge nos bastidores como uma possibilidade, inclusive, de uma aliança com o ex-secretário da Saúde Celso Kaplan, este sem partido.

“Revanche” em Teutônia

O cenário apresentado em Teutônia na eleição de 2020 deve ser repetido no ano que vem, com três postulantes ao governo. O atual prefeito Celso Forneck (PDT) é um provável candidato, de acordo com o presidente da sigla, Juliano Körner. Existe a possibilidade de manter a aliança com o PL da vice-prefeita Aline Röhrig Kohl, situação tratada como “tendência” pela sigla.

Prefeito entre 2017 e 2020, Jonatan Bronstrup (PSDB) reforça que o partido terá candidatura própria e que existem conversas de bastidores com outras siglas. A tendência é que ele volte a concorrer, diante do histórico à frente da administração e do desempenho considerado positivo na eleição de 2022, quando buscou vaga na Assembleia Legislativa e fez quase 7,5 mil votos.

Recém-filiado ao PSD e chefe do Executivo entre 2009 e 2016, Renato Altmann é o único pré-candidato confirmado no município. O presidente da sigla, Cleudori Paniz, acredita que “o nome tem boa aceitação” e avança nas articulações com outros partidos. O Cidadania anuncia apoio a Altmann, no entanto forma federação com o PSDB, e o cenário pode se modificar a partir disto.

Situação por município

ESTRELA

  • Elmar Schneider (MDB) – deve concorrer à reeleição com apoio do PL, que foi segundo colocado nas Eleições 2020 e conta com três secretarias no governo;
  • Valmor Griebeler (Republicanos) – confirma a pré-candidatura, mesmo com o vereador Humberto Canigia Rerig como outro pretendente dentro do partido;
  • João Braun (PP) – o partido trabalha para que ele seja o candidato, com Márcio Mallmann como vice, mas não descarta alianças com outras siglas;
  • Carine Schwingel (UB) – atua para formação da nominata de vereadores do partido para o ano que vem e aguarda indicação do diretório estadual.

TEUTÔNIA

  • Celso Forneck (PDT) – partido trabalha para iniciar a campanha de reeleição, com a tendência da confirmação de aliança com o PL;
  • Jonatan Bronstrup (PSDB) – um dos ex-prefeitos que tenta voltar ao cargo, o tucano ressalta que o partido terá candidatura própria e se coloca à disposição;
  • Renato Altmann (PSD) – prefeito por dois mandatos, confirma a pré-candidatura enquanto o partido costura possível coligação.

BOM RETIRO DO SUL

Enquanto a situação não define o nome para tentar suceder Edmílson Busatto (MDB), o PSB, partido com maior número de integrantes na câmara de vereadores, articula candidatura própria. O ex-prefeito Celso Pazuch é um dos nomes citados para concorrer.

FAZENDA VILANOVA

O processo eleitoral deve ser uma repetição de 2020, com o atual prefeito Amarildo da Silva (PDT) em busca da reeleição contra José Cenci (PP). Os progressistas buscam aliança com o Republicanos para tirar a diferença de 333 votos da derrota na eleição passada.

IMIGRANTE

Em situação semelhante, o atual prefeito Germano Stevens (MDB) reitera a busca por um consenso, mas não descarta concorrer. A saída de Celso Kaplan da corrida eleitoral no município abre uma lacuna que os progressistas ainda não preencheram.

COLINAS

Sandro Herrmann (PP) deixa o mandato ao fim de 2024 e o partido não confirma quem pode ser o sucessor, mas fala na tentativa de um consenso junto ao MDB, rival histórico no município. Por sua vez, o MDB também mostra disposição a conversar com todos os partidos.

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