Jornal Nova Geração

OPERAÇÃO GOLF

Aeródromo de Estrela era utilizado por facção para trazer cocaína ao RS

Grupo transportava cerca de 200 kg de droga por semana, para o estado, em voos clandestinos. Governo de Estrela informa que vai colaborar com a investigação

Foto: Carlos Eduardo Schneider

O Aeródromo de Estrela foi alvo de uma organização criminosa gaúcha para transportar drogas do Paraguai. Por semana, cerca de 200 kg de cocaína chegavam por pequenas aeronaves ao Rio Grande do Sul em voos clandestinos. Além de Estrela, um aeródromo de Eldorado do Sul, na região Metropolitana, também era utilizado. 

Conforme a Polícia Civil do estado, a investigação teve início após uma apreensão feita no final de abril com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. Na época, 46 kg de cocaína, 14,6 kg de insumos, 500 gramas de maconha, 430 comprimidos de ecstasy, uma pistola glock e três veículos foram apreendidos.

No final da tarde desta quarta-feira, 15, após monitoramento de um avião utilizado pela quadrilha, os agentes prenderam dois indivíduos em Nova Hamburgo. Eles tinham um mandado de prisão preventiva decretada. Foram apreendidos quatro mil dólares, documentos e equipamentos durante a operação. 

Criminosos usavam pequenas aeronaves em vôos clandestinos (Foto: Divulgação/PC RS)

Operação Golf

Na manhã desta quinta-feira, 16, a Polícia Civil, por meio da 4ª DIN do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), deflagrou a Operação Golf, no combate ao tráfico de drogas. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Capão da Canoa e no estado de São Paulo, nas cidades de Araras e Bragança Paulista. Duas pessoas estão presas e uma aeronave foi apreendida.

De acordo com o delegado do Denarc, Fernando Siqueira, a operação, que durou seis meses, deu um golpe logístico e financeiro na maior facção do estado, com base no Vale dos Sinos, e que possui relação com uma facção de São Paulo. Também destacou o excelente trabalho investigativo, o empenho e a dedicação de toda equipe.

O delegado e diretor de Investigações do Denarc, Carlos Wendt, afirma que a continuidade do trabalho investigativo da rota aérea, será compartilhada com a Polícia Federal, por envolver tráfico internacional de drogas a partir da fronteira com o Paraguai.

Auxílio nas investigações

O Governo de Estrela deve colaborar nas investigações deflagradas pela Polícia Civil. “É inadmissível que criminosos se utilizem de áreas públicas para promoção de fins ilícitos. Não aceitaremos e, por isso, já estamos dando o total apoio às autoridades envolvidas, sendo que qualquer outra informação, neste momento, pode atrapalhar as investigações”, pontua o secretário de Administração e Segurança Pública, César Augusto Pereira da Silva.

Sobre o aeródromo

Conforme o diretor de Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis) de Estrela, Guilherme Engster, o Aeródromo de Estrela possui 24 hectares com seis hangares de cerca de 500 metros quadrados cada um. Dois hangares estão ocupados por empresas, enquanto os outros devem ser licitados ainda este ano. O local é de responsabilidade do município, e utilizado por empresas e pessoas físicas que têm concessão de uso dos espaços.

O Aeródromo é cercado e cada hangar tem sua segurança própria com alarmes e câmeras disponibilizados por uma empresa terceirizada. O município não disponibiliza vigias diurnos e nem noturno.

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