Jornal Nova Geração

FAZENDA VILANOVA

Agricultura aplica produto para controle do mosquito borrachudo

Aparições do inseto aumentam com as épocas de calor, o que gera incômodo à população. Infestação ocorre devido a retirada da vegetação ciliar ao longo dos córregos

Aplicações do produto para combate ao inseto ocorrem a cada 15 dias (Foto: Divulgação)

A chegada dos dias mais quentes traz a presença do mosquito conhecido como borrachudo, vetor que causa incômodo à população. A Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, em parceria com o escritório da Emater-RS/Ascar do município, iniciou recentemente mais uma etapa do controle do inseto, com a aplicação do BTI em pontos de proliferação.
O produto é específico para a larva do borrachudo, que se desenvolve em água corrente e com presença de sol. Segundo a secretaria, o BTI não mata o mosquito adulto, por isso a utilização em outros locais que não tenham água corrente não fará diferença no combate ao inseto.
As aplicações ocorrem nos meses de maior proliferação do inseto. “Assim como no ano passado, não foi entregue o BTI para ser aplicado pelos produtores nas propriedades. Foram os próprios técnicos da secretaria e da Emater que visitaram todos os locais onde existiam os focos. Os pontos foram analisados individualmente e avaliada a necessidade da aplicação”, explica o responsável pela pasta da Agricultura e Meio Ambiente, Marcos Adriano Lerner.
O secretário ainda pontua que é respeitado o prazo de 15 dias entre uma aplicação e outra do produto, de acordo com ciclo do período larval. “Assim, interrompemos efetivamente o ciclo de proliferação do borrachudo, que tanto prejudica a produção dos animais, como o bem-estar da população”, observa.
Segundo a técnica da Emater-RS/Ascar, Luciane de Armas, a infestação do mosquito borrachudo ocorre devido à retirada da vegetação ciliar ao longo dos córregos, a utilização de agrotóxicos e a contaminação dos recursos hídricos por dejetos animais. “Essas situações contribuem para a proliferação de larvas de borrachudo, pois diminuem os predadores naturais do inseto e aumentam o material orgânico disponível para a alimentação das larvas”, ressalta.
Ela ainda reforça a importância do trabalho contínuo de combate ao borrachudo. “É de suma importância a colaboração de todos para que sejam adotadas medidas de proteção ambiental e que a vegetação em torno dos córregos seja recuperada. Com isso é possível prevenir o problema, uma vez que o BTI é apenas uma solução paliativa e emergencial para os períodos de crise”, salienta.

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