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CREDORES DO VALE

Americanas deve mais de R$ 15 milhões à Neugebauer

Indústria de chocolates com sede em Arroio do Meio está entre as credoras da varejista em recuperação judicial

Indústria de chocolates de Arroio do Meio está entre as empresas com valores a receber da Americanas. Crédito: Divulgação

Empresa da região integra lista de quase 8 mil fornecedores da Americanas com dinheiro a receber. O relatório foi entregue na quarta-feira, 25, à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde a gigante do varejo ingressou com procedimento para evitar falência após a descoberta de rombo de R$ 20 bilhões na contabilidade.

Para a Neugebauer, de Arroio do Meio, a Americanas deve mais de R$ 15 milhões. Outras marcas do segmento também estão entre os credores: Nestlé (R$ 259,3 milhões), Hershey (R$ 16,7 milhões), Mondelēz (R$ 93 milhões) e Masterfoods (R$ 19,9 milhões). Os chocolates produzidos no Vale do Taquari ocupam as prateleiras da Americanas nas lojas físicas e também estão disponíveis pelo site. A Neugebauer prefere não se manifestar sobre o assunto. Em nota apenas destacou que a Americanas é uma “grande cliente” e respeita o desenrolar da situação.

Ao todo, a dívida da varejista soma R$ 41,2 bilhões a 7,9 mil nomes. O destaque é o Deutsche Bank, com R$ 5,2 bilhões, o maior credor. Na avaliação de especialistas, a eventual quebra do Grupo Americanas pode acarretar em prejuízos relevantes aos setores econômicos, além de colocar em risco dezenas de milhares de empregos.

Hoje a companhia conta com mais de 40 mil funcionários diretos e milhares de lojas espalhadas pelo país, além de um dos maiores marketplaces online e cerca de 50 milhões de consumidores. De acordo com economistas, a empresa terá de fazer cortes de custos e demissões para se manter no mercado. Ainda assim, há risco de fornecedores ficarem sem receber.
Para o judiciário, essa é uma das mais relevantes recuperações judiciais encaminhadas até o momento no país. No pedido enviado à Justiça, a Americanas enfatiza o pagamento de cerca de R$ 2 bilhões em impostos ao ano.

Credores no RS

Outra empresa da região com valores a receber é a Mor, indústria de Santa Cruz do Sul. Ela produz cadeiras e itens de praia, piscinas e utensílios de churrasco. Neste caso o valor é de R$ 955,2 mil. Já para a Tramontina, com sede em Carlos Barbosa, o crédito supera R$ 23 milhões.

A partir do pedido de recuperação judicial, protocolado na semana passada, o grupo varejista tem 60 dias para apresentar seu plano de reestruturação. No caso das fabricantes de chocolate há o temor também sobre as vendas para a Páscoa, já que a Americanas era uma referência para a data.

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