Os atendimentos a pessoas portadoras de necessidades especiais recebem um grande incentivo a partir desse mês. A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município foi contemplada no Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas) com mais de R$ 500 mil para ampliar as atividades de arteterapia.
A prática consiste em oficinas terapêuticas voltadas à dança, música, corte e costura, teatro e artesanato. A primeira etapa compreende a contratação de novos profissionais, organização dos espaços e aquisição de materiais, para iniciar os trabalhos do projeto no dia 25. A perspectiva é de aumentar quatro vezes o número de atendimentos mensais. A entidade selecionou terapeuta ocupacional, assistente social, psicólogo, professores de dança, teatro e musicoterapia, arteterapeuta e auxiliar administrativo.
Na Apae de Bom Retiro são feitos 183 atendimentos ao mês, a crianças, jovens, adultos e idosos, dos cinco aos 70 anos, portadores de deficiências, transtorno do especto autista (TEA), entre outros. Com o incremento, os gestores preveem um número de atendimentos que chega aos 18,4 mil por ano.
O projeto desenvolvido pela instituição passou por etapas de credenciamento, lançamento e aprovação junto ao Ministério da Saúde. Após a publicação no Diário Oficial da União, que ocorreu no ano passado, a entidade fez uma capacitação para poder buscar os recursos. A dinâmica para captar os valores é com a apresentação da proposta para empresas que utilizam a dedução do imposto de renda.
A diretora da Apae, Aline Machado, conta que o todo o processo levou cerca de quatro anos. “Mal começamos a executar esse projeto e já pensamos no próximo”, diz. Ela explica que o valor deve ser investido nas atividades propostas no projeto, não para outros tipos de intervenções, como na estrutura da sede, por exemplo. “Utilizaremos exclusivamente para habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência”, acrescenta.
Expectativa por novas vagas
Ao longo do período de validade do projeto, que é de dois anos, a instituição pretende alcançar uma parcela da população que ainda não consegue participar das atividades. Aline aponta que existe uma demanda reprimida para ser atendida pelas oficinas. “A lista de espera é extensa”, revela. Os atendimentos são ofertados apenas para moradores de Bom Retiro do Sul.