Jornal Nova Geração

ESTRELA

Após anunciar fim das operações, rodoviária permanece aberta

A Rodoviária de Estrela LTDA assume de forma provisória a partir desta sexta-feira, 1º de outubro. Edital para que uma nova empresa opere de forma definitiva já está em andamento

Maria Irene Silveira, de 62 anos, teria a logística comprometida se a rodoviária paralisasse as atividades

“Informamos que a partir do dia 4 de outubro paralisaremos as atividades”. O anúncio da empresa Noll e Goldmeier, responsável por operar os serviços na estação rodoviária de Estrela, pegou a comunidade de surpresa na terça-feira, 28. A decisão foi tomada devido aos prejuízos causados pela pandemia. No entanto, a Rodoviária de Estrela LTDA já assume o local através de um contrato que está em tramitação no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A administração municipal também deve auxiliar com ajuda de custos.

Conforme o proprietário da Noll e Goldmeier, Nelson Noll, em abril de 2020, a empresa teve um prejuízo de, em média, R$ 10 mil por mês. Atualmente o valor chega próximo a R$ 8 mil. Noll também é sócio-proprietário da Rodoviária de Estrela LTDA, empresa gestora do prédio em que está localizada a estação e assume de forma provisória, por até seis meses, os serviços de venda de passagens, despacho de encomendas, embarque e desembarque nos boxes.

Segundo ele, os quatro funcionários da rodoviária serão realocados e permanecerão no local. A empresa mantém as atividades até o próximo processo licitatório ser aberto e uma nova concessionária assumir as operações. “Encerramos o contrato caso venha antes dos seis meses alguma empresa”, pontua Noll.

A empresa Noll e Goldmeier, responsável pela rodoviária, pegou a comunidade de surpresa ao anunciar paralisação (Fotos: Larissa Santos)

Cedência do terminal

Para Noll, a reunião com o Executivo na manhã de quarta-feira, 29, foi essencial para a continuidade das atividades. Em um acordo informal que deve ser oficializado nesta sexta-feira, 1º, a empresa fica encarregada de ceder o terminal para a prefeitura que deve utilizar como garagem, almoxarifado e ponto de apoio logístico à Secretaria de Saúde.

“O valor repassado pelo Governo é próximo do que estamos gastando. Não queremos lucro. Estamos desde 1951 aqui e, por ter essa relação de muitos anos, não queremos deixar a comunidade desabrigada. Pode sair uma empresa e entrar outra que continua o prejuízo. Se não tivesse ajuda, não teria como seguir”, afirma.

Licitação deve ocorrer em breve

Conforme o Daer, o edital para que uma nova empresa opere de forma definitiva já está em andamento. Para isso, a Agência de Regulação do Estado do Rio Grande do Sul (AGERGS) deve fazer a homologação que será encaminhada para a Central de Licitações (Celic). É a Celic que faz a publicação e acompanha o certame licitatório. A previsão de lançamento será, no máximo, para o primeiro semestre de 2022.

Não afetaria o trabalho

Jussara Quadros, proprietária do Bazar da Rodoviária

Mesmo se a rodoviária fechasse, a proprietária do Bazar da Rodoviária, Jussara Quadros, afirma que isso não afetaria o trabalho, pois já existe um fluxo grande de pessoas. “Nosso ponto está localizado na entrada da cidade, então teríamos público igual. Durante a pandemia, em que o fluxo de ônibus é menor, vimos que não nos afetou. Por isso temos a esperança de permanecer assim”, conta.

Comunidade seria prejudicada

Caso ocorresse a paralisação das atividades, comprometeria a logística de passageiros que, diariamente, utilizam os serviços. Um exemplo é o da Maria Irene Silveira, de 62 anos, que se desloca de Bom Retiro do Sul até Estrela para pegar o ônibus e ir para a capital. “Vou para Porto Alegre de 15 em 15 dias e por conta dos horários de transportes venho embarcar aqui”, afirma.

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