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COLINAS

Após surto de dengue, município aposta em ações de prevenção

Ao longo do ano, Secretaria da Saúde registrou mais de 250 casos. Atividades de conscientização envolvem toda a comunidade

Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) não apontaram focos nos últimos meses (Foto: Karine Pinheiro)

Após registrar elevação nos casos de dengue ao longo do ano, a administração municipal desenvolve atividades que fortalecem a vigilância ambiental e conscientização da população para evitar o cenário de surto da doença. Para intensificar as ações, foi constituído o Comitê de Enfrentamento a Dengue. A comissão é formada por representantes do Executivo, bem como das escolas e da comunidade.

Mais de 250 pessoas foram infectadas pela doença desde fevereiro. Como forma de conter o crescimento dos casos, a Secretaria de Saúde efetuou varredura ambiental em locais públicos e passou a notificar proprietários de terrenos com potenciais focos de larvas do mosquito. O último caso foi registrado em junho.

Campanhas com materiais educativos para a população, fiscalização mensal nas residências por agentes de saúde, informações de prevenção nas mídias e vistorias nos espaços públicos, como jardins, escolas e prefeitura também fazem parte da rotina do município.

A secretária de Saúde, Angelita Herrmann, atenta para a necessidade de qualificar as ações de combate até setembro, período em que as temperaturas tendem a subir. “Nós, como agentes da saúde, temos a responsabilidade de fiscalizar e cobrar a população. Mas esse é um trabalho que dá certo se a sociedade fizer em conjunto”, destaca.

Para a titular da pasta, o surto da doença foi algo atípico. Ainda em janeiro, não havia registros de pessoas infectadas pela dengue, tampouco foram encontrados focos pelo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa).

Ela atribui o aumento da transmissão à descontinuidade dos cuidados devido à pandemia. “As pessoas deixaram de ir tanto às ruas e estavam preocupadas com a Covid-19”, aponta. Segundo Angelita, as principais causas da proliferação são pratinhos de vasos nas casas e cemitérios, lixo em local inadequado, bromélias, reservatórios de água e pneus velhos.

Campanha no âmbito escolar

Ações na Emef Ipiranga ocorrem desde o primeiro trimestre. A cada semana, os alunos levam para casa uma lista de atividades para combate de larvas e mosquitos. As tarefas devem ser feitas dentro e aos redores de suas residências e supervisionadas por um adulto. Na cartilha há orientações de como proceder para eliminar os focos de água parada.

A professora de agroecologia e representante da escola no Comitê, Deise Daniel, ressalta que a necessidade de um responsável durante as atividades conscientiza e resulta na participação da comunidade nas ações de combate. “O objetivo é alcançar toda a população. Percebemos que ainda é necessário mudanças de hábitos, mas a maioria faz sua parte”, destaca.

Cerca de 460 alunos das Emei Pequeno Mundo, Emef Ipiranga e Escola Estadual de Colinas participam das atividades de enfrentamento ao aedes. Deise destaca que se cada família manter os cuidados, pelo menos uma vez na semana, é possível evitar o cenário de surto no próximo ano.

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