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Árvore de Natal: natural ou artificial?

O Natal está chegando. Só no Brasil foram instaladas e enfeitadas milhares de árvores para alegria das crianças. É momento de refletirmos e optarmos entre a árvore natural ou artificial. Opiniões se dividem, mas a balança parece pender em favor das naturais. Os defensores do pinheirinho artificial estão mal informados e cultuam ideologias infundadas. Argumentam que milhares de árvores poderiam deixar de ser sacrificadas se fossem substituídas por artificiais, que podem ser produzidas com plástico reciclado, como as garrafas pet.

Esquecem que logo depois do Natal os pinheirinhos são descartados, voltando a ser lixo de difícil decomposição e poluidor do meio ambiente. Esse lixo/plástico é produzido a partir de petróleo, um recurso fóssil não renovável. Além disso, sendo o pinheirinho e os enfeites importados da China, têm alto valor agregado em benefício da indústria chinesa e embutem altos custos de transporte, representando exportação de divisas. Ainda por cima, frequentemente esses materiais estão contaminados e colocam em risco nossa saúde.

Outros, entre os quais me coloco, defendem as árvores naturais. São matéria-prima natural e renovável. Como qualquer outra cultura agrícola, podem ser plantadas e colhidas quantas vezes quisermos, sem prejuízo ao meio ambiente. Se o pinheirinho estiver plantado em um vaso, pode ser replantado no campo para continuar crescendo. Se for colhido (cortado), no caso da Araucária (pinheiro brasileiro), por exemplo, rebrotará e produzirá nova árvore. Se for descartado depois do Natal poderá ser compostado com o “lixo” orgânico, reciclando a própria matéria orgânica e os minerais (fertilizantes) contidos na planta. Se for queimado, poderá produzir energia ou calor (fogão ou lareira) e devolverá com a cinza os minerais que extraiu do solo. Não sobrará resíduo poluente.

Some a tudo isso, o aspecto econômico. A produção de árvores de Natal por agricultores locais, em vez de exportar divisas na importação de quinquilharias da China, agregará renda e viabilizar a subsistência de pequenas propriedades agrícolas de exploração familiar e/ou demandar mão de obra, gerando empregos.

NOTA: Os EUA produzem 30 milhões de árvores de Natal por ano, em 15 mil fazendas, empregando 100 mil trabalhadores e movimentando 1,2 bilhões de dólares. (PIZZATO, L. 2009 – http://noticias.ambientebrasil. com.br/noticia/?id=42732)

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