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ESTRELA

Autoridades reforçam alerta sobre risco de afogamentos

Ocorrência no domingo passado, na Cascata Santa Rita, evidencia utilização de locais impróprios por banhistas. Sinalização foi reforçada no início do ano para impedir acesso a esses pontos. Proibição, porém, é desrespeitada por parte dos visitantes

Cascata Santa Rita é um dos pontos mais procurados em Estrela, mas faz parte de lista de nove locais com proibições ao banho. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

A tarde do domingo, 11, foi marcada por um susto para os visitantes da Cascata Santa Rita, na Linha São Jacó. Um jovem de 22 anos se afogou e exigiu uma força-tarefa das pessoas que estavam no local para removê-lo da água. A situação deixa em evidência a necessidade de cuidados ao tentar amenizar as altas temperaturas em pontos autorizados e evitar áreas proibidas para banho.

Na semana passada chamava a atenção dos visitantes o nível elevado da água na cascata. Um grupo de Lajeado que estava no local não encarou isso como problema e se aventurou em um banho para tentar amenizar o forte calor. No entanto, as “ilhas” de pedras que se formam no lago estava submersas, o que indicava outra preocupação.

O comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Estrela, Marcos Corrêa, orienta que os banhistas evitem locais desconhecidos. “Cerca de 85% dos afogamentos em rios ocorrem em buracos e valas”, afirma. Ele traz uma estimativa que 46% das mortes por afogamento são de pessoas que “acham que sabem nadar”. “Não superestime sua natação”, acrescenta.

As tentativas de salvamento podem oferecer riscos, na avaliação de Corrêa. “Seja prudente ao tentar salvar alguém”, diz. Outro ponto destacado é o comportamento na água. “Não mergulhe de cabeça, nem salte de pedras, barrancos e árvores. Também evite brincadeiras como simulações de afogamento ou forçar a cabeça de um amigo para dentro da água.”

O comandante ressalta a importância de evitar álcool e alimentos pesados antes de entrar na água. “São necessárias, no mínimo, duas horas para a digestão.” Ele conclui ao lembrar que a prevenção é a única maneira eficaz de evitar mortes por afogamento. “Nade somente onde dê pé, na profundidade onde você se sinta seguro.”

Restrição aos banhistas

Em fevereiro, o governo instalou placas que indicam a impossibilidade de entrada nas águas em alguns lugares, por não terem guarda-vidas à disposição. “São locais que não oferecem segurança nenhuma. Quando ocorrem cheias, podem ficar galhos de árvores presos no fundo do rio, o que aumenta o perigo”, aponta o coordenador da Defesa Civil, Lindomar de Freitas.

Fiscalização às margens do rio

Freitas cita que são feitas vistorias frequentes nas encostas do rio. “Uma vez por semana estamos com nossa lancha para verificar acampamentos, situações de desmatamento e também nos locais onde o banho é proibido.”

Locais com banho proibido:

• Parque da Lagoa
• Cascata Santa Rita
• Ponte da Tangará
• Draga, na rua dos Marinheiros
• Porto de Estrela
• Arroio Boa Vista
• Escadaria da Polar
• Escadaria da antiga Fábrica Sabão Costa
• Ponte do Stangler

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