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Avós renascem para a paternidade e o amor

Quatro personalidades e um amor infinito: Murilo, Vanice, Adroaldo e Henrique (Foto: Carlos Eduardo Schneider)

Na segunda-feira, dia 26, é  comemorado o Dia dos Avós. Mas podem ser chamados de pais com açúcar, conforme a sabedoria popular. Alguns revivem o sentimento da paternidade, mas com muito mais tranquilidade e menos “peso”. Outros avós superam desafios e apostam no amor, provando que não há idade certa para encontrar a felicidade num relacionamento.

Adroaldo Nunes, de 70 anos, e Vanice Nunes, de 64, de Estrela, foram avós há 15 anos, idade do primeiro neto, Henrique Nunes Strehl. Há cinco anos, veio o segundo neto, Murilo Nunes Braun. Os dois têm personalidades opostas, mas cada um extrai o melhor do casal. Henrique joga tênis com Adroaldo. “Há dois anos, eu dizia “vou ter que jogar com esse baixinho”. Hoje, digo “como vou enfrentar esse cara?”, conta o avô coruja.

Vanice considera muito tranquila a ‘função’ de avó. “Podemos atender mais eles, ser mais leves. Fazemos, inclusive, aquilo que os pais não querem, mas a última palavra é mesmo dos pais”, declara. Murilo curte montar jogos com o casal. “A “vó” é nota 10, mas o “vô” nunca consegue encaixar as peças. Nota zero para ele”, conta. Henrique se considera mais parecido com Vanice. “Sou mais reservado e preocupado. A “vó” é assim. O vô não é tão estressado. Ele não fica muito preocupado com as coisas, que nem o Murilo”, revela.

A avó vai casar

A avó de Suelen da Silva, de 20 anos, Eva Rodrigues San- tana, de 76, teve complicações causadas pela Covid-19. No início deste ano, após um desmaio, foi levada ao hospital, onde permaneceu por duas semanas. O coronavírus comprometeu o funcionamento de seus pulmões. Não bastasse isso, Eva ainda teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Me senti mal em ver ela assim e não poder fazer nada”, lembra a neta.

(Fotos: Divulgação)

Cinco meses depois de todos esses desafios, Eva vai casar com o namorado que conheceu pela internet. Em um relacionamento há sete meses, ambos planejam a vida a dois. Enquanto esteve no hospital, Arator, de 71 anos, orou pela amada. “Depois que tive Covid, cansei de ficar sozinha. Senti preconceitos por me casar nesta fase, mas não me importo. Não tem idade para ser feliz”, afirma.

“Feliz da vida”

Com o casamento agenda- do na igreja de Estrela para 13 de agosto, Eva  ressalta que está “feliz da vida”. Nem mesmo o preconceito lhe impede de seguir com o matrimônio. “Tenho 10 filhos. Alguns me apoiaram nessa decisão, sobretudo o meu filho João Antônio, que trabalha no Hospital Estrela como porteiro. Ele me auxilia muito nos preparativos do casamento”, elogia.

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