Na área da saúde, o mês de novembro é associado à cor azul para lembrar da importância dos cuidados com a saúde masculina. O principal foco da campanha é a prevenção e o diagnóstico do câncer de próstata, segundo tumor mais comum entre os homens no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é a causa de cerca de 65 mil novos casos por ano.
O câncer de próstata é o mais incidente no homem (excluindo-se o câncer de pele não melanoma) e o segundo que mais mata, atrás do câncer de pulmão. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde revelam que, de 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. No ano passado, 16.055 homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. A estatística indica um crescimento no número de casos com relação a 2019.
A importância do diagnóstico precoce
As ações e campanhas do Novembro Azul representam um papel fundamental na quebra de preconceitos. Há quem diga que cuidar da saúde não é coisa de homem e, há, também, um estigma muito forte com a realização do exame da próstata.
O urologista do Hospital Estrela, Ezequiel Rocha Mattos, salienta a importância do diagnóstico precoce. “Novembro azul é um mês de conscientização sobre saúde do homem, e nesse contexto salientar sobre o câncer mais prevalente no sexo masculino, que é o câncer de próstata, pois quando diagnosticado de forma precoce tem mais de 90% de chance de cura”, diz.
É importante que os homens adotem uma rotina favorável como prevenção ao câncer. Hábitos saudáveis como uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos têm muita relevância na prevenção.
Exames anuais
O urologista aponta que é fundamental que os homens realizem exames anuais, como forma eficaz de prevenir e evitar complicações com as doenças. Ele também afirma que o acompanhamento médico possibilita tratamentos cada vez mais individualizados e menos invasivos. Mattos relata que, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, é recomendado que, a partir dos 50 anos, sejam feitos anualmente os exames de prevenção e detecção precoce, por meio do PSA e toque retal. Porém, os pacientes com risco maior (com histórico familiar de casos da doença) devem iniciar o acompanhamento a partir dos 45 anos.