O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Centro (Amor-Centro), Airton Engster dos Santos, participa desta edição do Cafezinho com o NG. Ele conta os desafios em estar à frente da instituição e os planos para o futuro.
Jornal Nova Geração – Qual é o seu envolvimento no bairro?
Airton Engster dos Santos – Desde menino residi no Centro. Meu pai foi trabalhar com construção de portos e hidrovias, em outras cidades, então fomos juntos. Depois de anos retornamos e moramos em outros bairros. Fazem dois anos que adquiri um apartamento no edifício centenário, escolhido justamente por este víeis histórico. Desde 2007 participo de todas as atividades em todos os bairros. Tento acompanhar todos os eventos do bairro, da Liga, do Rotary, do Lions, das igrejas católica e evangélica, e dos órgãos públicos. Gosto de estar conversando com as pessoas e buscando soluções.
Jornal Nova Geração – Como foi assumir este posto de liderança na Amor-Centro?
Airton Engster dos Santos – Fui procurado por lideranças que manifestaram o desejo de me ter junto no grupo. O Amor-Centro já tem um excelente trabalho de representação, em buscar soluções e de se posicionar. Estamos falando de, segundo estimativas do IBGE, de 2,5 mil pessoas que residem aqui, em 1,2 mil habitações, fora estabelecimentos comerciais, públicos, etc. Tendo em vista meu trabalho de participação, fui convidado para ser presidente por dois anos. Me senti honrado. Isso requer atitude, até porque é uma associação histórica. Tenho ciência da responsabilidade em assumir o cargo.
Jornal Nova Geração – Como é o envolvimento da comunidade nas atividades?
Airton Engster dos Santos – Passamos por um momento difícil, estamos em um processo de retomada. Sempre me chamou atenção a capacidade que a comunidade tem de mobilização. É uma das poucas associações que tem regularmente a assembleia mensal e extraordinárias.
Jornal Nova Geração – Quais são os planos futuros para a comunidade?
Airton Engster dos Santos – Estamos trancados no Centro, com gargalos. Este é o bairro que mais cresce. Os traçados que temos ainda são do século XIX. Já conversamos e sabemos que precisamos estabelecer um diálogo com o governo, discutir alternativas e propor projetos para o futuro de Estrela. A questão de mobilidade urbana é a mais importante. Com relação aos espaços públicos, o município é privilegiado com 30 praças. No Centro, temos 10 espaços. Qual outro bairro no Centro de uma cidade tem tanta área verde? Que é tão privilegiado nisso? Temos a situação específica da área verde que foi cedida para a construção da nova sede da Brigada Militar, em que vamos continuar conversando com o governo. É consenso que é a partir do diálogo, do entendimento, da construção de projetos e de pensar o município para o futuro que estão as saídas para nossos problemas.
