Como tem sido a sua atuação na gestão da comunidade?
Francisco Klafke – A última diretoria não pode continuar, e eu não queria que fechassem a comunidade. Então estou presidente a um ano, dois meses e dez dias. Era uma gurizada nova, e eles tentaram quase um ano, mas não conseguiram seguir. Então assumimos para três dos quatro anos, e vejamos como as coisas acontecem.
Qual a sua experiência na presidência da comunidade?
Francisco Klafke – Antes disso, eu já havia sido presidente seis anos, e em outras oportunidades, já havia assumido antes também. Eu trabalho em obras, ajudei a construir o salão, conheço todos por aqui… É uma alegria.
O que necessário para ser um bom presidente?
Francisco Klafke – Para mim, é vontade. Eu sempre pego baseado nisso. Já disse ao Padre Neimar [Schuster, que foi transferido para Viamão em 2021] que se tu não tem boa vontade, não sai nada. Eu não tenho estudo.
Esse pavilhão eu ajudei a erguer, ainda ajudando outras gestões. Depois derrubei uma parede para ampliar. Eu tinha 23 anos quando comecei a ajudar, estou com 71. Quando eu entrei como presidente pela primeira vez, era o seu Norberto Werle o presidente, e ele veio me perguntar se eu aceitava. Naquele ano eu era pra ser presidente da juventude, mas abracei a causa. O Norberto queria eu no comando porque o nosso grupo dos jovens era ordeiro, nunca dava confusão.
Como foi atuar na construção do salão da comunidade?
Francisco Klafke – Nessa época, tinha 24 mil tijolos aqui. Era para fazer um puxadinho pequeno ali, com cozinha e copa. Eu plantava durante um mês, e depois ia trabalhar em obra fora, além de vir aqui ajeitar o salão até ele ser o que é hoje. Ainda assim, depois era pequeno para a quantidade de gente que reuníamos, então arrancamos fora uma parede e ampliamos.
Enquanto isso, vendia-se na copa para o pessoal que vinha jogar bola, se fazia um evento aqui e ali, e conseguimos pagar tudo que pegamos emprestado para a construção em um ano. Foram R$ 60 mil. As pessoas ajudaram, também. Tinha um velhinho que morava na parte alta ali que virou o colchão e tinha R$ 12 mil.
Quais são os desafios atuais da gestão?
Francisco Klafke – É fazer o povo vir. Na festa, precisa vender bastante e igual precisa ter lugar para vender na hora. Depois da pandemia, tem que correr para fazer a fama que a gente tinha antes. Para isso, a gente seleciona melhor quem vende. Dá um bloco para quem a gente sabe que vende um bloco inteiro de entradas, a gente não deixa só uns pinga-pinga. Apostamos inclusive em chuva para este fim de semana, porque vai fazer o pessoal sair mais de casa.