Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Cafezinho com NG | José Augusto Schneider

O novo padre da Paróquia São Cristóvão conta um pouco sobre sua caminhada na Igreja Católica e os desafios ao assumir a função, que abrange Estrela e Colinas

Padre Augusto, como é conhecido, foi recepcionado pela comunidade na sexta-feira, 21 (Foto: Marcelo Grisa)

Fale um pouco sobre sua caminhada na igreja católica.
Padre Augusto – Sempre fui católico. Católico de berço. Meus pais são agricultores, lá em São Vendelino, uma cidade pequeníssima, de 2 mil habitantes. Meus pais sempre me levaram na igreja. Eu fui coroinha, e fui crescendo no ambiente da missa católica. Minha tia também é religiosa, irmã franciscana. Tenho inúmeros primos e parentes também, como padres jesuítas. Assim eu fui me aprimorando na caminhada da Igreja Católica desde pequeno, sempre acompanhado pela fé e pelo exemplo extraordinário dos meus pais, de fé e de amor.

Como descobriu sua vocação ao sacerdócio?
Padre Augusto – Eu descobri minha vocação desde pequeno. Claro que tive muitas dúvidas: teve uma época que eu não queria mais entrar para o seminário. Entrei no seminário depois dos 18 anos. Quando eu era pequeno, fui criado pelos meus pais, de origem alemã. Então eu não falava nenhuma palavra em português. Quando eu fui para a escola, a professora fez uma pergunta: o que vocês querem ser quando crescerem? Tinha que fazer uma mímica na frente do quadro, para os colegas descobrirem. Eu não tinha ideia do que fazer, mas tinha algo em mente. Um colega meu pegou um caminhão, então ele queria ser caminhoneiro. Uma outra colega chegou lá na frente e começou a tirar fotos. Então sim, ela queria ser fotógrafa. Daí eu cheguei lá na frente e comecei a rezar o Pai Nosso. O pessoal não me entendia, porque eu estava falando em alemão. Eu disse, em alemão, que eu queria ser padre. Mas a professora me compreendeu. Desde então, eu acredito que Deus vem me guiando para essa vocação, e eu fico muito feliz de ter dado o “sim” a essa vocação também.

De que forma encara assumir uma paróquia do tamanho da São Cristóvão?
Padre Augusto – Eu já tenho seis anos como padre. Foram experiências muito bonitas na minha formação, e também como vigário lá em Montenegro, formando novos padres para a Diocese de Montenegro. A Paróquia São Cristóvão é uma paróquia grande, de muitas comunidades e muitas forças. Eu encaro com muito carinho este que, acredito, será um aprendizado mútuo. Eu aprenderei com o povo, e o povo aprendendo com este simples pastor. Encaro com muita alegria, porque minha vocação sacerdotal é para estar no meio do povo.

Como têm sido esses primeiros dias na função?
Padre Augusto – Esses primeiros dias aqui em Estrela já me mostraram uma cidade bonita e um povo maravilhos e acolhedor. Vou conhecendo a todos, nas comunidades, e estou muito feliz com essa parceria do povo para comigo. Um povo que quer evoluir na sua comunidade e espiritualmente. Eles contam com a minha oração, e eu peço a oração do povo de Deus para mim também.

Para você, qual é a melhor mensagem que a palavra de Deus pode trazer em 2023?
Padre Augusto – Eu trago a passagem do Evangelho de João, capítulo 10, versículo 11: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Essa passagem é o meu lema presbiteral, o meu lema de vida como padre. Acredito que, em 2023, eu vou concretizar esse lema, ao cuidar das ovelhas, ir ao encontro. Se necessário, me machucar como pastor, pelas ovelhas.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.
Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: