Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Cafezinho com NG | Michel Jacoby

O patrão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Raça Gaudéria conta sobre sua trajetória dentro da entidade e a atual situação do galpão, que está interditado. Para arrecadar recursos, a patronagem organiza eventos e arrecada em vaquinha online

Como é sua trajetória no CTG?
Michel Jacoby – Iniciei em 1998, aos oito anos, quando comecei a frequentar a invernada mirim. Depois de um tempo participando, em 2000 fui o primeiro Piá Farroupilha do Raça Gaudéria. Desta forma fui participando de todas as invernadas, desde a mirim até a veterana. Sempre tive o sonho de me tornar patrão da entidade, pois foi onde construí minha história tradicionalista e também minha família. Foi em setembro de 2018, quando passou as festividades da semana farroupilha, que o patrão da época me passou o cargo, pois ele estava há um certo tempo à frente do CTG. Eu fiquei sem reação e sem saber o que fazer, pois não havia pensado na situação desta forma e sabia que não seria fácil, mas ao mesmo tempo com a sensação de estar realizando meu sonho e sabendo que era a minha vez de comandar a entidade. Fiquei três anos como patrão, de 2018 a 2021, dois anos foram de pandemia. E hoje retorno a frente do CTG, com muitos desafios, mas com a certeza que não podemos deixar morrer a tradição que está no coração das pessoas.

Quais são as principais atividades de quem participa?
Michel Jacoby – Temos um grande grupo de invernadas: pré-mirim, mirim, juvenil e veterana. Movimentamos em torno de 100 crianças e mais de 20 adultos. Também temos cerca de 50 pessoas na invernada campeira. Além disso, oferecemos cursos de danças durante o ano para todo público interessado, treinos de laço em nossa pista aos sábados, organizamos três fandangos anuais, bem como a semana farroupilha que ocorre em setembro. Faz parte do nosso calendário também o festival de danças tradicionais no mês de novembro. No ano passado reunimos 40 invernadas das mais diversas regiões do estado e cerca de 2 mil pessoas circularam no evento.

Quais são as principais necessidades do local?
Michel Jacoby – Hoje o CTG está interditado devido ao risco de queda da estrutura. O telhado do galpão cedeu e empurrou a parede lateral para fora. O risco é iminente. A única solução é desmontar a estrutura e montar novamente. Ou seja, precisamos reformar toda parte estrutural do nosso galpão. Temos em torno de 100 famílias participando de forma ativa das atividades, que estão sendo feitas na sede da Associação dos Moradores do Bairro Boa União (Ambu). E nós agradecemos pelo espaço cedido para nossas ações até conseguirmos fazer a reforma no CTG. A obra requer grandes investimentos que não cabe no orçamento da entidade. Por isso, estamos na busca de recursos.

Como as pessoas podem auxiliar?
Michel Jacoby – Estamos organizando algumas atividades para juntar o valor necessário. Vamos vender patrocínio para empresas que quiserem divulgar a marca dentro do CTG. Também temos uma vaquinha online para a comunidade auxiliar com o valor que puder, que pode ser acessada pelo link vakinha.com.br/vaquinha/reforma-estrutural-ctg-raca-gauderia, ou transferência pelo Pix 93.323.574/0001-81. Cada contribuição vai ajudar na reconstrução desta entidade que está há mais de 30 anos na história de Estrela, onde muitas famílias passaram, passam e vão passar.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.
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