Como surgiu seu envolvimento com a comunidade da Linha Figueira?
Sílvio Schilling – Na verdade, sou amigo e padrinho do filho da nossa coordenadora, a dona Maria Ivone Decker. Quando esse grupo resolveu reabrir a comunidade, que estava fechada há oito anos, ela disse que aceitava a função, mas queria escolher o vice-coordenador, e aí começou a história. Mas sou natural de Estrela, cresci e moro aqui no Boa União há mais de 60 anos.
Você já participava nas atividades no Boa União?
Schilling – Sim, eu morei no Loteamento Popular 3. A ajudamos a iniciar as atividades na comunidade Nossa Senhora do Guadalupe. Fui catequista de primeira eucaristia e de crisma para as crianças do lote. Tinha muito medo das crianças que vinham para a paróquia do Boa União pela Rota do Sol, porque poderia ter algum acidente ou algo assim. Então, o que eu fazia? Usava a minha garagem para a catequese, faz uns 20 anos, mais ou menos. Inclusive, dei catequese para a minha filha, para a primeira comunhão.
Qual a importância que o senhor vê nas atividades comunitárias?
Schilling – Eu acredito que muito bom viver em comunidade. No início dos tempos, as pessoas viviam mais em comunidade, era família e comunidade, um ajudava o outro, trocavam alimentos. E isso é muito bonito. Quando eu fui para a Figueira, não conhecia as pessoas de lá. Hoje, tenho vários amigos. A festa comunitária também é sobre amizade, conhecer pessoas diferentes, com as comunidades indo em festas de outras localidades. Isso é importante, a relação entre as pessoas. Isso tem que voltar.
E quais os desafios para manter a comunidade ativa?
Schilling – O nosso maior desafio é tentar trazer mais os jovens para a comunidade. Hoje nós somos um grupo de pessoas com mais idade. Já conseguimos trazer dois, três, quatro, então o desafio é que a comunidade siga aberta e não feche de novo, como aconteceu anos atrás. Não queremos deixar essa chama se apagar.
O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades destacam experiências e ações nos seus respectivos setores.
