Mônica Wermeier, 34, de Teutônia, brilhou no Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart) 2023, junto de Luís Fernando Bruxel. Eles vencerem na categoria de Danças de Salão. Ela ministra aulas de Danças Tradicionais de Salão desde 2007 e, desde 2016, representa o Grupo de Artes Nativas Anita Garibaldi, de Encantado.
Como foi a experiência de participar e vencer o Enart?
Mônica Wermeier – Participamos do Enart desde 2009, ao todo foram 10 edições. Muitas pessoas consideram que os principais desafios estão na construção das danças. No entanto, os maiores obstáculos estão relacionados ao tempo disponível e à rede de apoio. Por exemplo, para nós, que temos dois filhos, uma casa e um emprego fora do tradicionalismo, os desafios principais eram conciliar todas as responsabilidades com os ensaios. A experiência de ser campeão é indescritível. Lutamos e trabalhamos muito para alcançar esse título. O momento de ouvir nossos nomes anunciados foi esmagador, uma sensação que não pode ser explicada apenas pela vitória, mas pela realização de que tudo valeu a pena.
Como você começou a se interessar pelas danças gaúchas?
Mônica – Comecei a praticar danças de salão com apenas sete anos. Eu e Luís conhecemos por meio desses cursos e logo nos identificamos pela paixão pela dança. Em 2007, nos tornamos instrutores credenciados pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Qual conselho você daria para quem começa a se interessar pela modalidade?
Mônica – Dançar é uma atividade para todas as idades, seja aos 20, 40 ou 60 anos. Sempre digo aos meus alunos que o desejo de dançar deve vir deles. Não adianta o instrutor ter todo o entusiasmo se o aluno não estiver motivado. A dança exige treinamento, disciplina e esforço contínuo. A chave para o sucesso é o comprometimento e o trabalho árduo.
Quais mudanças você observa na categoria ao longo dos anos?
Mônica – Observamos um aumento significativo no interesse dos jovens pelas danças gaúchas de salão, especialmente em cursos básicos. Desde que fundamos nossa marca em 2009, notamos uma crescente vontade dos jovens de aprender e se envolver com a dança, o que é muito encorajador.
Existem novos projetos para o futuro?
Mônica – Esta é uma questão complexa para nós, pois não temos um novo sonho tão claramente definido quanto o Enart. Muitas pessoas nos perguntaram se iríamos parar após essa conquista, mas a verdade é que a dança é uma parte essencial de nossas vidas. Ela nos proporciona lazer e completa nossa jornada.
Como equilibra a vida pessoal e profissional diante da agenda tradicionalista?
Mônica – Contamos com uma rede de apoio essencial e sou extremamente grata aos avós e à minha irmã, que é crucial em nossas vidas. Ela cuida de várias tarefas e está sempre presente durante as competições. Sem esse suporte, seria impossível manter o equilíbrio. Gerenciar tudo isso é um desafio constante, e frequentemente não sabemos onde será realizado o próximo ensaio ou onde as crianças ficarão.
O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.