Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Cafezinho com NG | Marco Edson da Silva

Nascido em Viamão e residente no Vale do Taquari desde 2005, Marco Edson Carvalho da Silva, 57, é um exemplo de dedicação à Aeca. Após dois mandatos como presidente, ele segue como diretor-geral, inspirando a próxima geração de atletas

Crédito da imagem: Daniély Schwambach

Como surgiu o teu envolvimento com a Aeca?
Marco Edson da Silva – Sempre fui apaixonado por esportes e pratiquei atividades físicas ao longo da minha vida. Meu envolvimento com a canoagem começou por meio da Aeca, motivado pelo interesse do meu filho, Vinícius de Moraes Silva. Depois de tentar outras modalidades sem sucesso, ele encontrou seu verdadeiro lugar na canoagem. A partir disso, comecei a acompanhar de perto as competições e os treinos, e investimos em equipamentos e remos. Embora meu filho tenha deixado o esporte para servir no Exército, eu continuei ativo na associação. Eventualmente, fui convidado para me envolver mais diretamente, formamos uma chapa e fomos eleitos para a diretoria.

Como você equilibra sua vida pessoal e profissional na direção?
Edson – Toda a diretoria trabalha de forma voluntária. Eu venho da área de Segurança Pública, me aposentei em 2018, o que me deu mais tempo livre para atender às demandas da associação. Embora haja compromissos a serem geridos, conseguimos ajustar nossa agenda e realizar o trabalho de forma eficiente, sempre em equipe.

Qual é o maior desafio da Aeca?
Edson – A Aeca tem 39 anos de história e foi fundada no Vale do Taquari, com Estrela sendo o berço da canoagem. Minha maior dificuldade é perceber que a comunidade ainda conhece pouco sobre a origem do esporte e sobre como o projeto funciona no município. Nós, gestores, estamos constantemente tentando promover nossa marca, pois a canoagem é um esporte Olímpico com raízes locais. Remamos no Rio Taquari e sentimos a falta de maior valorização da nossa história e contribuição para o esporte.

Quais foram os momentos mais marcantes para você?
Edson – Alcançar a sexta posição no ranking nacional foi uma conquista marcante para nós. Em 2022, conseguimos essa classificação e, em 2023, mantivemos a posição. Foi emocionante ver quatro de nossos atletas e um técnico serem convocados para o Campeonato Sul-Americano, onde o Brasil saiu campeão. Nossos atletas não apenas conquistaram medalhas em uma competição internacional, como também um dos nossos atletas, Callebe, agora faz parte da seleção brasileira.

Seu envolvimento com a associação alterou sua perspectiva de vida?
Edson – Com certeza. Embora nosso trabalho seja completamente voluntário e sem qualquer remuneração financeira, o que ganhei com essa experiência é inestimável. O verdadeiro valor está no carinho que desenvolvemos pelos atletas e no envolvimento em suas vidas pessoais. Vamos até os bairros, visitamos as casas, e o retorno vem na forma de agradecimentos dos pais, dos próprios atletas e da comunidade. Formamos amizades profundas e é muito gratificante ver essas crianças e adolescentes se tornando adultos responsáveis e de bom caráter. Para mim, esse impacto é um verdadeiro presente. Como pai, observar o crescimento e a transformação dos atletas e compará-los com meus próprios filhos é uma experiência que enche meu coração. Em termos de satisfação e realização, posso dizer com toda certeza que “já estou rico”.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, políticos, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.

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