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ESTRELA

CCR projeta iniciar atividades de usina de asfalto em janeiro

Com uso de tecnologia alemã e recursos aplicados de R$ 20 milhões, a concessionária finaliza implementação de estrutura para fabricação de asfalto. Ao todo, serão criadas 40 vagas de emprego para a operação do parque industrial

Estrutura utiliza tecnologia alemã e necessita apenas de três profissionais para a operação (Foto: Jhon Willian Tedeschi)

Um dos investimentos mais celebrados no município, a obra da usina de asfalto da CCR ViaSul chega a fase final. Com a maior parte da estrutura estabelecida, a equipe projeta acelerar os trabalhos ao longo de dezembro para finalizar os detalhes restantes e iniciar as atividades do complexo em janeiro.

A estrutura imponente, localizada no quilômetro 356 da BR-386, entre as localidades de Glória e Costão, não é visível para quem trafega pela rodovia, mas chama a atenção de quem entra no complexo. Com cerca de 35 metros de altura, a montagem dos equipamentos que formam a usina está quase pronta. As peças faltantes já chegaram e a concessionária pretende iniciar os testes ainda em dezembro.

A empresa possui uma licença de instalação, para montagem do pátio e da usina. Esse documento autoriza a produção de asfalto para uso interno, para testes ou adequações na estrutura. Após essa fase de experimentação, a CCR ViaSul deverá protocolar um pedido para licença de operação, junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Com a aprovação, se inicia a produção destinada ao uso externo.

O restante do parque terá dois galpões pré-moldados. Um deles servirá como uma unidade industrial, com mezanino para abrigar atividades administrativas, e o outro armazenará pilhas de pedra e demais agregados, para que não peguem umidade. As estruturas estão em fase de construção e devem ser concluídas até o início de janeiro. O pátio também terá um laboratório para análises de qualidade do produto e uma balança, além da área de peneiramento do material que será utilizado.

A montagem da usina teve a maioria das peças importadas da China, mas a tecnologia do equipamento veio da Alemanha. A estrutura foi totalmente preparada em um contêiner, o que permite um rápido processo de manejo, se necessário. “Pode desmontar e levar para outro local em um tempo entre 15 e 20 dias”, explica Fábio Hirsch, coordenador de engenharia da CCR ViaSul.

O custo total da obra chega aos R$ 20 milhões, sendo que deste montante, R$ 16 milhões foram destinados à compra do maquinário alemão. “Não levamos em consideração o retorno, mas a qualidade do material produzido”, ressalta Hirsch. O equipamento é totalmente automatizado, sendo necessários apenas três profissionais para a operação. Para as demais atividades, serão contratadas cerca de 40 pessoas.

Para acompanhar e orientar o processo, foi necessária a presença de um técnico da Lintec, empresa fabricante do equipamento. No entanto, devido ao atraso em outra obra semelhante no Pará, as atividades atrasaram cerca de um mês e meio. “Não podemos mexer nos contêineres sem esse representante, senão perdemos direto a seguro e garantia do equipamento”, diz o engenheiro.

Margem de transporte

Um dos fatores determinantes para a distribuição do produto final é o raio de alcance. A perspectiva é atender a um raio que vai até Canoas, na entrada da BR-448 (Rodovia do Parque), no sentido interior/capital, e até Soledade, no fluxo inverso. O trecho de 100 a 120 quilômetros foi determinado pela concessionária, por especificações técnicas do asfalto produzido.

A usina tem capacidade produtiva de 160 toneladas por hora. A alta produção se torna importante a medida que os dias de utilização do equipamento são restritos por questões climáticas. “São de 12 a 16 dias produtivos para a camada asfáltica”, detalha Hirsch. Pela necessidade de manter o asfalto a uma temperatura mínima de 150°C, a operação não ocorre com menos de 10°C nos termômetros. “Dias com neblina, pista molhada ou chuva, não se produz nada”, acrescenta.

Reutilização de asfalto

Será a primeira usina da CCR ViaSul no formato gravimétrico, que garante maior qualidade e sustentabilidade no produto final. Deste tipo, existem apenas outras três no Brasil, todas fora da região Sul. “Deixaremos de usar recursos naturais de pedreiras, para usar material fresado”, explica Hirsch. O complexo terá um espaço específico de armazenagem do material retirado das rodovias, que atualmente fica em unidades de depósito na extensão da rodovia, chamados canteiros de espera.

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